Iniciativa “Juntos contra a Fome” decorre em simultâneo nos oito países da CPLP

CPLP lança campanha para recolher fundos para segurança alimentar. FAO diz que fundos a serem recolhidos serão investidos no acesso à terra, tecnologia, mercados e crédito.

 

Da Redação
Com agencias

CPLP_LinguaPortuguesaMoçambique acolheu, em 20 de fevereiro, o lançamento da campanha “Juntos contra a Fome” para angariar fundos para a produção alimentar e combate à malnutrição.

A iniciativa envolve a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, no âmbito da parceria com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp.

O representante da FAO na Cplp, Hélder Muteia, disse que o alvo é a sociedade civil. Os valores recolhidos nos oito países-membros devem ser investidos para o acesso à terra, à tecnologia, aos mercados e ao crédito.

“Temos muitas iniciativas e muitos projetos, mas faltam recursos. Com esta campanha, a ser desenvolvida no estilo ‘telefood’, que são as campanhas que a FAO já vem desenvolvendo em muitos países, vamos poder mobilizar empresários, a sociedade civil e cidadãos comuns para que façam o seu donativo e possamos ter uma cesta comum, que possam ser investidos em atividades de produção agrícola e também em atividades de combate à malnutrição.”

O lançamento foi feito em Maputo pelo líder moçambicano Armando Guebuza, no âmbito da presidência rotativa do bloco lusófono. No evento, estiveram representantes da diplomacia de todos os Estados-membros.

Na primeira campanha que envolve todos os países do bloco, serão usados os mídia e a telefonia móvel. Hélder Muteia disse que já foram definidos os critérios de aplicação dos valores a serem arrecadados.

“Portugal tem uma situação mais ou menos estabilizada. Brasil está a alcançar grandes resultados com as políticas públicas que estão a implementar. Sabemos que Cabo Verde está numa situação mais avançada. Mas a ideia é que nós possamos olhar para os países que têm maiores necessidades, como o caso de Moçambique, Guiné-Bissau, Angola e Timor-Leste. Mas também todos os outros países, porque as iniciativas não são apenas no campo da produção ou do apoio aos camponeses. Há iniciativas que são mais organizacionais, no campo dos mercados. A ideia é que possamos distribuir recursos em função das prioridades e em função das necessidades.”

O primeiro-ministro moçambicano, Alberto Vaquina, salientou que cerca de 28 milhões de pessoas passam fome no total dos países que integram a CPLP. Dados divulgados pelo Ministério da Agricultura de Moçambique revelam ainda que no país são cerca de 300 mil os cidadãos que passam fome.

Já o  Brasil avançou muito no combate à pobreza, a ponto de virar referência no assunto. Entre 2003 e 2009, 28 milhões de pessoas saíram da situação de miséria, e entre 2003 e 2011, a classe média incorporou cerca de 40 milhões de brasileiros, segundo dados divulgados pelo governo.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: