Índia disponível para ajudar Angola no acesso às vacinas para a covid-19

Da Redação
Com Lusa

A embaixadora da Índia em Angola, Pratibha Parkar, revelou que o executivo indiano está disponível para apoiar países africanos no acesso à vacina contra a covid-19, estando a analisar uma solicitação de Angola neste âmbito.

“Claro que há muito interesse nas vacinas”, declarou a diplomata indiana, em entrevista à Lusa, acrescentando que já houve contatos entre os dois países nesse sentido e o pedido está a ser avaliado.

“Abordaram-nos e o governo indiano está a analisar” a solicitação, declarou, acrescentando que a Índia já doou muitas vacinas à iniciativa Covax e vários países africanos estão em negociações com a Índia neste âmbito.

“A Índia tem, primeiro, de cuidar dos seus cidadãos, da nossa população de 1,3 mil milhões de pessoas, mas o governo assegurou que vai desempenhar um papel importante no fornecimento de vacinas a quase todos os países do mundo”, reforçou Pratibha Parkar.

A Índia tem uma indústria farmacêutica florescente, associada à produção de medicamentos genéricos de baixo custo, estando também a produzir vacinas contra a covid-19, que vão ser exploradas para vários países, incluindo o Brasil e os Emirados Árabes Unidos.

Além das vacinas nacionais, Covaxin, produzidas nos laboratórios da Bharat Biotech, o país produz também vacinas da Astrazeneca no Instituto Sérum (Covishield), tendo administrado já cerca de 12 milhões de doses das duas vacinas aprovadas.

O setor farmacêutico e da saúde é uma das áreas de cooperação que a Índia quer intensificar com Angola, segundo a embaixadora, que apresentou cartas credenciais ao chefe de Estado angolano, João Lourenço, a 22 de outubro do ano passado.

Angola prevê vacinar 53 por cento da população contra à covid-19, num total de 16, 4 milhões de pessoas, em duas fases, confirmou esta semana, em Luanda, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.

Na primeira fase, serão vacinadas 6,4 milhões de habitantes e na segunda, mais dez milhões. A previsão do Governo angolano é receber, em duas fases, cerca de 15 milhões de doses da vacina contra a doença.

Italiano ajuda Cabo Verde

Também um novo laboratório de análises clínicas começou a funcionar na cidade da Praia, num investimento de italianos em cerca de 90 mil euros para ajudar Cabo Verde nos testes ao novo coronavírus, informaram os promotores.

“É para ajudar Cabo Verde”, disse Valter Vigini, gerente da Sanigo.CV, italiano que vive há 14 anos no arquipélago africano e quer seguir os passos da Sani.GO, uma sociedade que trabalha há muitos anos no âmbito social em Itália.

Num investimento feito por cidadãos italianos em quase 90 mil euros, o laboratório vai fazer cinco tipos de testes à covid-19, com o gerente a destacar a sua rapidez, em equipamentos sem custo de manutenção e que vão ser mudados a cada dois anos.

Segundo a diretora técnica da Sanigo.CV, Jacqueline Monteiro, há três ‘kits’ de testes para detenção de anticorpos (IgG e IgM) e um que quantifica a quantidade de anticorpos presente no sangue.

O outro teste vai detetar se a vacina contra a covid-19 está a fazer efeito, ou não, 20 dias após a segunda dose. “É importante para a pessoa e para o país saber se as vacinas que estamos a adquirir são eficazes”, continuou a responsável, sublinhando a importância deste teste.

Cabo Verde prevê receber ainda este mês as primeiras vacinas no âmbito da Covax, uma iniciativa conjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Aliança para Acesso às Vacinas (Gavi), e ainda este ano pretende imunizar pelo menos 35% da população, superior às previsões de 20% do Plano Nacional de Vacinação.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: