Embaixador angolano em Lisboa diz que relações têm de ser baseadas na igualdade

Da Redação
Com Lusa

Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, e presidente angolano, no palácio presidencial durante sua visita oficial a Angola, 17 Novembro. Foto: BRUNO FONSECA/LUSA
Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, e presidente angolano, no palácio presidencial durante sua visita oficial a Angola, 17 Novembro. Foto: BRUNO FONSECA/LUSA

O embaixador angolano em Lisboa defendeu que o país sempre conduziu as suas relações com os parceiros internacionais na base da igualdade, respeito e não ingerência e avisou querer manter esses princípios.

Durante o discurso na cerimônia que assinalou, em 11 de novembro, o 38º aniversário da independência de Angola, José Marcos Barrica sublinhou a forma como considera que devem ser as relações entre países parceiros.

Dedicando um agradecimento especial aos portugueses “que tão afetuosamente” acolhem os angolanos, o embaixador lembrou que “o Estado angolano sempre conduziu as relações com os seus parceiros de cooperação internacional na base de igualdade soberana, respeito mútuo e não ingerência”.

Em “homenagem à ética e bons costumes”, Angola “não vai abdicar desses princípios”, acrescentou, no discurso proferido na cerimônia realizada em Lisboa.

“Na defesa e preservação da independência e soberania nacionais, o povo angolano está grato à cooperação internacional e ao apoio solidário que tem recebido ao longo dos anos, dos diferentes países”, adiantou José Marcos Barrica.

As relações entre Portugal e Angola sofreram alguma tensão depois de, no início de outubro, o ministro português dos Negócios Estrangeiros ter pedido “desculpas diplomáticas” ao Estado angolano pelas investigações judiciais que atingem altas figuras do regime.

No discurso de aniversário, o embaixador referiu ainda que também se completam 11 anos de “renascimento” de Angola “com a conquista da paz efetiva” e defendeu que, desde lá, o país tem sabido “adaptar-se às circunstâncias” e enfrentar “os maiores desafios internos e as sistemáticas ingerências externas”.

Hoje, afirma, “o Governo continua firme e empenhado na concretização dos grandes objetivos que visam consolidar a paz, reforçar e aperfeiçoar a democracia, preservar a unidade nacional, promover a justiça social e o desenvolvimento, elevar continuamente o nível da educação e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”.

José Marcos Barrica considerou ainda que o Presidente José Eduardo dos Santos tem sido “perspicaz, coerente e prudente na condução do complexo processo de construção da Nova Angola”, o que permitiu ao país viver “um clima de paz e de estabilidade político-constitucional”, além de consolidar o processo democrático e manter o crescimento da economia, “apesar de alguns revezes”.

A recepção contou com a presença de cerca de 500 pessoas – entre diplomatas e figuras da sociedade portuguesa.

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