Em Portugal, presidente do Timor pede cooperação na educação e desenvolvimento econômico

Mundo Lusíada
Com agencias

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O presidente de Timor Leste, Taur Matan Ruak, está em visita oficial a Portugal, e teve um encontro com o presidente português Cavaco Silva, no Palácio de Belém.

Após uma deslocação ao Mosteiro dos Jerônimos, onde depositou uma coroa de flores no túmulo de Luiz Vaz Camões, o Presidente timorense dirigiu-se ao Palácio de Belém, onde lhe foram prestadas honras militares.

O Presidente e Maria Cavaco Silva mantiveram um encontro com o Presidente timorense e esposa, Dra. Isabel da Costa Ferreira, o qual foi seguido por uma reunião entre os dois Chefes de Estado, acompanhados das respectivas delegações.

Ruak pediu o apoio de Portugal no desenvolvimento econômico do país e no combate à pobreza, afirmando que as conquistas dos timorenses, nomeadamente a paz e a democracia, são também dos portugueses.

Segundo ele, em pouco mais de 11 anos, “Timor-Leste conseguiu construir um Estado, conseguiu a paz e a reconciliação, conseguiu a democracia e reforçou a tolerância”. “Esta conquista não é só dos timorenses, é também dos portugueses”, disse o chefe de Estado timorense.

No entanto, afirmou que Timor-Leste tem pela frente outra grande batalha: a do desenvolvimento econômico e do combate à pobreza. “Nesta, nós queremos continuar a contar com o apoio dos portugueses e de Portugal”, afirmou.

O líder timorense recordou ainda que a partir de julho próximo Timor-Leste assume a presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), destacando “duas grandes questões” em cima da mesa: o eventual alargamento da organização à Guiné Equatorial e a crise política na Guiné-Bissau.

Sobre o último tema, sublinhou que Timor-Leste “trabalha com o representante do secretário-geral das Nações Unidas para que as eleições na Guiné-Bissau se realizem rapidamente” e disse concordar com as declarações do Presidente da República Portuguesa, que também se referira ao assunto na mesma conferência de imprensa conjunta.

O chefe de Estado português defendeu a necessidade de um retorno da Guiné-Bissau à ordem constitucional, o que passaria por “pressionar as autoridades de fato, mas que não têm neste momento legitimidade popular, a realizarem as eleições ainda este ano e voltar a uma situação em que o poder militar está subordinado ao poder civil legitimado em eleições”.

Cavaco Silva defendeu a continuação da cooperação no domínio militar e no domínio da segurança, e referiu ainda sobre a formação de professores em Timor Leste, numa colaboração com o Ministério da Educação, e as chamadas escolas de referência. “Já existem cinco e podem ser estendidas a outros distritos de Timor, tal como temos total abertura para continuar a participar na formação de professores para o ensino de português”, acrescentou.

Do Palácio de Belém, o Presidente de Timor-Leste seguiu para a residência oficial do primeiro-ministro, que o recebeu e lhe ofereceu um almoço.

Taur Matan Ruak deve ainda ser recebido pela presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, e pelo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa. No final do dia, Cavaco Silva deve oferecer um jantar de Estado em honra de Taur Matan Ruak, no Palácio da Cidadela de Cascais.

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