Com CPLP, militares da Marinha do Brasil realizam simulações de ataques químicos

Da Redação

Foi realizado, nesta terça-feira (12), o Exercício de Assistência e Proteção Contra Armas Químicas para Países de Língua Portuguesa (EXBRALP II), no complexo da Marinha do Brasil, na Ilha das Flores, Rio de Janeiro.

O evento teve a condução do Centro de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha do Brasil. No complexo, os alunos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe tem a oportunidade de receber treinamento para assistência e proteção contra armas químicas com profissionais qualificados. As atividades têm a coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com a participação do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério da Defesa (MD) e Marinha do Brasil.

O coordenador-geral de Bens Sensíveis do MCTI explica que a Autoridade Nacional brasileira é comprometida com os objetivos da Convenção, instrumento internacional modelar de desarmamento e de não proliferação de armas químicas.

Ele ainda frisou que treinamentos específicos sobre segurança química são necessários para prevenir e também para que os treinados saibam agir em uma possível situação de risco. Por isso, segundo ele, a capacitação em assistência e proteção é importante para garantir uma pronta resposta contra incidentes químicos.

O exercício é a fase final de um ciclo de treinamento composto por um curso básico, um avançado e exercícios práticos para entender e combater perigos reais referentes a emergências químicas, biológicas, radiológicas e nucleares.

Com relevância internacional a OPAQ compõe a única iniciativa de capacitação em Assistência e Proteção para países de língua portuguesa, e tem o objetivo de capacitar pessoal em atividades de assistência e proteção contra agentes químicos de guerra e substâncias tóxicas industriais. O treinamento é realizado por meio de aulas teóricas e práticas sobre utilização de equipamentos de proteção individual, detecção e identificação química, coleta de amostras, descontaminação, transporte de vítimas, atendimento médico e gerenciamento de crise por meio de sistema de controle de incidentes, dentre outros temas.

Militares da Marinha do Brasil realizaram demonstração com emprego de “Carros Lagarta” Anfíbios, viaturas “blindadas Piranha”, com capacidade de operação em ambiente contaminado. Também foram usados no treinamento uma viatura ambulância, posto de descontaminação e mostruário com material do Batalhão de Defesa da Marinha, laboratório móvel de análises químicas do Centro de Defesa da Marinha, Unidade Avançada de Tratamento (UAT) com Telemedicina da Unidade Médica Expedicionária da Marinha (UMEM), e mostruário de roupas antibomba do Batalhão de Engenharia de Fuzileiros Navais.

Toda a demonstração feita pelos militares proporciona aos alunos uma visão mais ampla de como deve ser a atuação diante de um cenário de ataque químico. Os alunos do EXBRALP II finalizam a participação no exercício de Assistência e Proteção Contra Armas Químicas na próxima sexta-feira (15). Diariamente eles recebem instruções dos monitores e logo depois participam de simulações para colocar em prática o que foi ensinado em aula.

Fotos: Wesley Sousa – ASCOM/MCTI

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