Por Odair Sene
No dia 15 de maio, o Clube Português de São Paulo e o Buffet Giardini realizaram a quarta edição do “Jantar Dançante Beneficente” em prol do Lar para Idosos da Provedoria da Comunidade Portuguesa de São Paulo. O evento, que teve custo do convite de R$ 150,00 foi realizado no Salão Nobre do Clube na Rua Turiassú, 59, em Perdizes e reuniu pouco mais de 300 pessoas.
Fernando Ramalho, o primeiro provedor da entidade (que não adota título de ‘presidente’), disse ao Mundo Lusíada que a iniciativa foi diretamente do presidente do Clube Português, Rui Fernão Mota e Costa, em realizar o evento beneficente em prol do Lar no primeiro semestre do ano, já que no segundo semestre tem o jantar do Buffet Torres.
Esta programação da casa começou há quatro anos e se mantém sendo de grande valia para equilibrar as contas do Lar. Toda a receita dos convites vai para a entidade cobrir déficits orçamentais.
“Isso é uma iniciativa – devo salientar – do Dr. Rui que, graças a Deus pegou a questão da Provedoria como uma bandeira pessoal que defende e está nos ajudando muito”, disse ele falando ainda da situação financeira do Lar que recebe doações voluntárias de pessoas ligadas à comunidade portuguesa, como também uma verba anual vinda do Governo Português, além deste jantar do Clube e o segundo do Torres.
“A ajuda do governo é bem vinda, claro, mas devido a situação econômica de Portugal, os subsídios que tem vindo são pequenos, porém bem utilizados, e com o tempo acredito que vão aumentar”, disse ele que recebe atualmente 30 mil euros por ano do governo e, segundo Ramalho, este valor cobre despesas de pouco mais de um mês.
“Este subsídio tem um grande valor, na medida que avaliza o trabalho sério que é feito na Provedoria. Sem este aval, certamente o governo não mandaria recurso algum. Mas nos mantemos mesmo é com as doações da própria comunidade, basicamente é de onde vem o sustento”, disse.
Atualmente o Lar mantém de 45 a 50 idosos carentes internados em suas instalações, com mais de 20 funcionários trabalhando. A entidade é fiscalizada pela Anvisa, que faz visitas periódicas ao local e, segundo Ramalho, “sempre com uma lista de itens a melhorar”, completando que, por conta de normas, existe uma limitação do que pode ser feito. “Não podemos por exemplo, acolher uma pessoa que não seja fisicamente independente (tomar banho e se alimentar sozinho basicamente), porque teríamos que ter um número de enfermeiras, que inviabilizaria a casa. Há uma tabela que estabelece um número de enfermeiros para cada paciente acamado, então quando chega um paciente, ele não pode ser dependente, porque, mais à frente ele se torna dependente, e nós temos que cuidar dele até o fim”, referiu.
Sobre outros eventos, em outras casas portuguesas, que também poderiam ajudar o Lar, Ramalho minimizou dizendo que tem muitos precisando de ajuda e da solidariedade, “e não podemos nos queixar, os diretores dessas casas ajudam e tem muita gente necessitada, além disso nós não somos uma entidade portuguesa, e sim luso brasileira, tanto é que temos maior número de brasileiros internados”, disse.
O evento desta noite teve casa cheia, jantar e uma banda musical que animou os convidados. Durante o evento, tanto o Clube Português como a Provedoria, através dos responsáveis Rui Mota e Fernando Ramalho, falaram em agradecimento ao que foi considerada ótima adesão por parte dos presentes, que compareceram pela causa beneficente.