Grupo comemora 36 anos de folclore com desfolhada

Por Mundo Lusíada

Mundo Lusíada

O Grupo Folclórico da Casa de Portugal de São Paulo comemorou 36 anos de fundação, em sua sede no último dia 08 de novembro, com a tradicional “desfolhada do milho”. Dentre o variado repertório, o grupo aniversariante trouxe Fandangos, Corridinho, Vira e músicas de Trás-os-Montes – um pouco de norte a sul de Portugal.

O evento, que contava com a participação do Grupo Folclórico Alma Lusa, do Paraná, acabou apresentando só o folclore da casa, já que o convidado não pode comparecer devido a um acidente. Um incêndio no prédio ao lado acabou atingindo os objetos do grupo, o que comprometeu em 60% os trajes do co-irmão. “Infelizmente na última hora o grupo de Curitiba teve um problema sério e eles nos comunicaram na mesma semana, não tivemos tempo nem de convidar outro grupo. Mas o nosso grupo deu um espetáculo, pela primeira vez fizemos uma desfolhada no aniversário”, disse Vasco Frias Monteiro.

Relembrando as digressões por Portugal, Vasco Monteiro citou a viagem do ano passado onde o grupo passeou de norte a sul, inclusive na Ilha da Madeira, com destaque para a atuação da tocata que recebeu diversos elogios. “Não desmerecendo outros, porque cada um tem o seu valor, mas o nosso grupo está muito coeso e acredito que seja um dos melhores de São Paulo e até do Rio de Janeiro. Nós temos uma tocata excelente, haja visto que em Portugal, inclusive no Minho onde fizemos quatro apresentações, a nossa tocata e o grupo de modo geral fez um sucesso extraordinário”, diz ele ao Mundo Lusíada.

Vasco elogiou o trabalho do ensaiador e diretor Ernesto Lemos. “Ele, assim como a secretária-geral Conceição Lemos, e a diretoria de modo geral, tem feito um trabalho extraordinário”.

Por sua vez, o diretor de folclore e ensaiador há 25 anos, Ernesto Lemos não poupou elogios aos jovens componentes. “Nossos rapazes e nossas meninas, as vezes, deixam seus afazeres para vir ensaiar no grupo. Eu dou os parabéns a todos os componentes do Grupo Folclórico da Casa de Portugal, sem eles não poderíamos fazer nada disso”, diz Lemos que está no folclore desde 1964. “Eu tinha 40 componentes em cima do palco, então não devo ser tão ruim assim, se não, não teria tanta gente. Eu gosto muito deles, e acredito que eles também gostam de mim”.

De acordo com Vasco Frias, só é possível se comemorar 36 anos ininterruptos do grupo por causa dos seus diretores e de uma diretoria que dá apoio total a estes jovens. “Temos que nos agarrar aos nossos irmãos brasileiros e principalmente aos jovens para que dêem continuidade às entidades. Porque se não, daqui há 15 anos, não temos mais portugueses para dirigir as nossas entidades”.

“Nestes 36 anos de existência, quero render minhas homenagens à imprensa (…) Sem essa divulgação não poderíamos realizar as nossas festas, é a força que temos para que as pessoas saibam das nossas atividades”, agradeceu Vasco Frias.

2010 será ano da Casa de Portugal De acordo com Vasco Monteiro, o próximo ano “vai ser o ano da Casa de Portugal”. Segundo ele, um calendário muito extenso está sendo preparado, trazendo a parte cultural, além de artística e social. “Ano que vem, vamos investir tudo neste sentido. Temos feito reuniões periodicamente com o departamento de cultura e social, e vamos marcar muito a Casa de Portugal”. Entre as iniciativas que permanecerão, estão as sessões de cinema português, que segundo ele, tem sido um “sucesso”.

Para iniciar os eventos, como exemplo Vasco Monteiro citou a Ceia de Natal, que encerra o ano de atividades da casa, e que vai trazer um dos maiores cantores de fados, Carlos do Carmo. “Não é fácil, porque são artistas muito caros, mas a Casa de Portugal apostou na Ceia de Natal, que é a festa mais importante depois do aniversário da casa”. O evento acontece dia 11 de dezembro. E antes, no dia 21 de novembro, a casa apóia mais um evento que vai comemorar 50 anos do cantor Vitor Silva. Promovido por um dos diretores da entidades, Vitorino Fontinha Rodrigues, o evento contará com artistas portugueses e luso-brasileiros que vivem em São Paulo.

O diretor da CP ainda citou a importância do apoio aos jovens. “Temos um presidente jovem aqui em São Paulo, na nossa co-irmã que é a Casa de Portugal do ABC, ele está fazendo um trabalho magnífico” elogia Vasco dizendo que é preciso ter uma maior participação dos mais novos. “Queremos que os jovens participem em cargos eletivos de força na diretoria das casas”.

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