Os panificadores do ABC Paulista estão inseridos na comemoração mundial do Dia do Pão. Celebrado em 16 de outubro, mais de 150 países comemoram a data, a mesma que celebra o Dia Mundial da Alimentação, estabelecida em 1981 pela entidade internacional que congrega indústria de panificação e confeitaria, a UIB (Union internationale de la boulangerie e de la boulangerie-pâtisserie).
No Brasil, o pãozinho representa 2% do PIB (Produto Interno Bruto), de acordo com a Abip – Associação Brasileira da Indústria de Panificação. O setor da panificação ainda gera cerca de 600 mil empregos diretos no país, entre as cerca de 52 mil panificadoras formais brasileiras.
“O pão é um alimento sempre presente à mesa dos brasileiros, independente da classe social. Além disso, no mundo todo, é considerado um alimento simbólico, associado à ação de compartilhar e à solidariedade. É uma data que merecer ser comemorada”, ressalta Antonio Carlos Henriques, vice-presidente da Abip, presidente do Sipan-ABC (Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Grande ABC) e diretor regional da Fiesp.
O Sipan-ABC tem realizado projetos constantes que aliam os interesses do consumidor final e do panificador, como a regulamentação da venda do pão a peso nas padarias da região do ABC paulista. Entre as ações feitas pela entidade em 2006, merecem destaque ainda a participação das padarias filiadas à entidade no Programa Alimento Seguro (PAS) do Sebrae-SP e as negociações políticas contra a obrigatoriedade de adição de 10% de raspas de mandioca ao trigo utilizado para panificação, projeto de lei do deputado federal Aldo Rebelo.
Ao longo da última década, o faturamento anual do segmento girou em torno de R$ 24 bilhões e, para 2006, a expectativa da Abip é de que a indústria de panificação fature R$ 30 bilhões.
O setor responde por 2% do PIB nacional, levando-se em conta somente os produtos da indústria de panificação, valor que salta para 3% quando se incluem os produtos revendidos pelas padarias. Por dia, aproximadamente 40 milhões de brasileiros freqüentam uma padaria. Assim, a média de freqüência no Brasil fica entre 700 e 800 clientes ao dia.
Ainda assim, a média de consumo está abaixo da recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, a quantidade consumida no país é de 33,11 kg per capita/ano, quando a ideal seria 60 kg per capita/ano.
A região Sul é que registra maior consumo, com 45 kg per/capita ano. Em seguida, está a região Sudeste, que tem consumo pães de 40 kg per capita/ano – exceto o estado de São Paulo, onde o consumo é de 45 kg per capita/ano. Aparecem na seqüência as regiões Centro-Oeste (entre 25 kg e 30 kg per capita/ano), Nordeste (entre 18 kg e 20 kg per capita/ano) e Norte (10 kg per capita/ano).