Dia ensolarado saúda o Dia da Comunidade Luso-Brasileira

Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do Maestro Subtenente Benedito Paulo de Aguiar entoou os primeiros acordes do Hino de Portugal enquanto o Cônsul-Geral Jose Guilherme Queiroz de Ataíde hasteava o pavilhão português.

Por Eulália Moreno

Para Mundo Lusíada

Foto: Lucélia Fernandes

Instituído pela Lei nº 5270 de 22 de Abril de 1967, sancionado pelo então presidente Artur da Costa e Silva, foram artífices dessa lei o senador Vasconcelos Torres e o deputado federal Eurípedes Cardoso de Menezes. O Dia da Comunidade Luso-Brasileira, assinalado de norte a sul do país, devido aos feriados da Páscoa foi excepcionalmente antecipado para 17 de Abril, no Parque do Ibirapuera, junto a estátua de Pedro Álvares Cabral.

Às 11h20 a Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do Maestro Subtenente Benedito Paulo de Aguiar entoou os primeiros acordes do Hino de Portugal enquanto o Cônsul-Geral Jose Guilherme Queiroz de Ataíde hasteava o pavilhão português. Logo em seguida, ouviu-se o Hino do Brasil sendo o Maestro João Carlos Martins, o orador oficial do evento, o responsável pelo hasteamento da bandeira nacional.

Antonio de Almeida e Silva, na sua qualidade de presidente do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo, saudou as autoridades e o público presente salientando a importância de que essa data seja sempre comemorada, não por existir uma lei federal que obrigue a que isso aconteça mas porque “é uma data muito importante para ambos os países, uma moldura do que significa a luso-brasilidade”, palavras reiteradas a seguir pelo Cônsul Geral em representação do Embaixador de Portugal no Brasil.

O Maestro João Carlos Martins, na sua qualidade de orador oficial, salientou as muitas vêzes em que fala da grande sorte do Brasil ter sido colonizado por Portugal. Recordou e se emocionou ao citar o seu pai, José da Silva Martins, que quando acometido por um câncer aos 36 anos e ser desenganado pelos médicos, comentou com a família: “O que eles não sabem é que nestas veias corre sangue português“. O pai do Maestro faleceu com 102 anos de idade.

“Quando aos 22 anos me apresentei em Braga para inaugurar a Pró-Arte fiquei sabendo por gente de lá que o meu pai quando tinha partido de Portugal deixara exemplos de virtude e honradez. Foi graças a ele que eu aprendi a amar o meu país de nascimento, amar Portugal e além disso, a Portuguesa de Desportos. Quando recentemente a Vai-Vai sagrou-se campeã do Carnaval com um samba enredo sobre a minha vida, o primeiro twitter que eu recebi dizia: Finalmente a Portuguesa ganhou um título… no Sambódromo”.

Acompanhado pela violonista Ana Camila Bordino, o Maestro executou ao piano a peça “Ave Maria “ de Bach/Gounod que a todos emocionou, especialmente Antonio Almeida e Silva que não conteve as lágrimas.

A João Carlos Martins foi entregue por Vital Vieira Curto uma placa de homenagem seguindo-se discursos do deputado federal Arnaldo Faria de Sá e deputado estadual Fernando Capez que exaltaram a herança lusitana na formação do povo brasileiro e a importância do legado que se deixa para os mais jovens com eventos como aquele do parque Ibirapuera.

Seguiu-se uma apresentação do Rancho Folclórico da Casa de Portugal de São Paulo dirigido por Ernesto Lemos que apresentaram músicas tradicionais de norte a sul, terminando com um Corridinho Algarvio.

Presentes para além dos citados anteriormente e entre outros, o comendador Antonio Barros, José Manuel Dias Bettencourt, presidente da Casa Ilha da Madeira, Fernando Ramalho, presidente da Provedoria da Comunidade Portuguesa, Rui Mota e Costa, presidente do Clube Português, Antero José Pereira, presidente do Sindicato da Indústria de Panificação, Fernando Ferreira Dinis, Joaquim Justo dos Santos, Vasco de Frias Monteiro, Ildefonso Garcia, Antonio Freixo e Teresa Morgado do Banco Banif, Maria Ines Botelho e Ramiro Cruz em representação do Elos Clube, Paulo Manuel Almeida.

O público presente, segundo os membros da organização do evento, foi superior aos anos anteriores.

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