10 de Junho: Presidente e Primeiro-Ministro assinam ato sobre Escola Portuguesa em São Paulo

Mundo Lusíada
Com Lusa

O Presidente português e o primeiro-ministro vão lançar a nova Escola Portuguesa de São Paulo, no dia 11, no segundo dia de comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades no Brasil. O presidente chega a São Paulo na noite do 10 de Junho para evento no Theatro Municipal.

Esta foi uma das principais preocupações transmitidas por membros da comunidade portuguesa ao primeiro-ministro, em setembro passado, durante a sua visita oficial ao Brasil. Na ocasião, em setembro, num breve discurso que fez na Casa de Portugal SP, António Costa disse que o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, lhe tinha salientado que estava pessoalmente “empenhado” em concretizar o projeto de construção da escola portuguesa de São Paulo.

Na manhã do dia 11, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa vão presidir a cerimônia de assinatura do ato de cedência de terreno e edificado para a construção da futura Escola Portuguesa – um contrato a celebrar entre os governos de Lisboa e do Estado de São Paulo. Segundo apurou o Mundo Lusíada, o espaço fica na região do Sumaré na capital paulista.

Durante as comemorações do Dia de Portugal e das Comunidades, na parte do programa relativa a São Paulo, os chefes de Estado e do executivo nacionais presidem também à assinatura de um protocolo de cooperação técnica, a celebrar entre o Instituto Camões, a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e a Fundação Roberto Marinho, para o fornecimento de conteúdos para o Museu da Língua Portuguesa, que ficou praticamente destruído em consequência de um incêndio em dezembro de 2015.

No Rio

Outro momento alto da presença de Marcelo Rebelo de Sousa e de António Costa no Brasil acontecerá nesse mesmo dia 11, mas já no Rio de Janeiro, na parte da tarde, quando for assinado um memorando de entendimento para garantir a preservação e a valorização do patrimônio do Real Gabinete Português de Leitura. O Real Gabinete Português de Leitura é uma instituição fundada em 1837 por membros da comunidade portuguesa e que é considerada uma das mais emblemáticas da cultura lusófona no mundo.

Numa visita em que o Governo, além de António Costa, também se fará representar pelos ministros da Defesa (Azeredo Lopes), da Educação (Tiago Brandão Rodrigues), pelo secretário de Estado das Comunidades (José Luís Carneiro), o chefe de Estado e o primeiro-ministro presidem à assinatura de um memorando de entendimento para a valorização e preservação do patrimônio português do Real Gabinete Português de Leitura e no âmbito do qual se prevê a criação de uma nova associação, denominada Luís de Camões.

O estado atual do Real Gabinete Português de Leitura esteve no centro das preocupações, tanto do Presidente que o visitou em agosto passado, como do primeiro-ministro, que também esteve ali em setembro passado. Na “maravilha do neoclássico manuelino”, o Presidente da República sentou-se “para não morrer de emoção” ao pegar no manuscrito de “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco.

Já o primeiro-ministro, durante a sua visita à instituição histórica, deixou uma mensagem do seu ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, em relação ao futuro do Real Gabinete Português de Leitura. “Pediu-me para transmitir aqui que os estudos estão não só muito avançados, como se encontram no sentido muito positivo de rapidamente podermos fechar um entendimento sobre o futuro do Real Gabinete Português de Leitura. É o mínimo que o Estado português pode fazer por esta instituição”, completou o primeiro-ministro.

António Costa considerou em seguida que a melhor forma de se homenagear a comunidade portuguesa do Rio de Janeiro “é precisamente o Estado Português assumir as suas responsabilidades em relação à continuidade e perenidade de uma instituição que tanto tem feito pela cultura da língua portuguesa”.

Antes, o primeiro-ministro tinha escutado os avisos de responsáveis do Real Gabinete Português de Leitura de que a comunidade portuguesa do Rio de Janeiro, sozinha, já não tinha capacidade para responder às exigências decorrentes das despesas com restauros, preservação e com as atividades da instituição.

Num dos últimos pontos do programa de comemorações do 10 de Junho no Brasil, no Rio de Janeiro, depois de um almoço a bordo do Navio Escola Sagres, o Presidente da República e o primeiro-ministro vão ainda inaugurar o novo edifício do Consulado Geral de Portugal, no Palácio São Clemente.

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