Lisboa: Economia, ambiente e qualidade de vida essenciais para o turismo

Da Redação
Com Lusa

O presidente da Câmara de Lisboa defendeu que a sustentabilidade econômica, ambiental e de qualidade de vida são essenciais para manter o turismo numa cidade como Lisboa, onde o setor vale tanto como quatro vezes a Autoeuropa.

Fernando Medina falava numa conferência de imprensa que antecedeu a conferência “Mayors Forum”, na capital portuguesa, organizada pela Organização Mundial do Turismo (OMT), Ministério da Economia, Turismo de Portugal e Câmara de Lisboa.

A conferência, que tem como tema “Cidades para todos: construir cidades para residentes e para visitantes”, pretende abordar os desafios do crescimento do turismo em várias cidades do mundo e as soluções para promoção de um turismo que produza riqueza, mas que também seja sustentável e respeite os residentes, devendo resultar numa declaração conjunta, subscrita por 16 cidades.

Fernando Medina assegurou que sustentabilidade, turismo e qualidade de vida são vistos como antagônicos, mas “não são incompatíveis, pelo contrário”.

“Não haverá sustentabilidade ambiental e de qualidade de vida se não tivermos a sustentabilidade econômica de um território, não haverá sustentabilidade econômica de um território se não assegurarmos a sustentabilidade ambiental e a sustentabilidade em termos de qualidade de vida”, considerou.

O autarca realçou que não será possível “ter uma boa cidade sem uma economia forte”.

“Precisamos de ter uma economia forte e hoje o turismo na cidade de Lisboa representa um valor global agregado de cerca de 10 mil milhões de euros anuais, quatro vezes o que é uma empresa como a Autoeuropa. Estamos a falar de várias vezes de um setor tão importante e estratégico na economia nacional como é o setor do calçado. O turismo na cidade de Lisboa representa várias vezes estas importantes realidades econômicas”, realçou.

Para o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, Portugal preparou-se bem e não só está a captar turistas como a conseguir diversificar os pontos que estes turistas visitam, além de estar a precaver-se para que os cidadãos não sintam a presença de visitantes como algo que os exclui da cidade.

O ministro destacou que “os destinos que mais crescem em Portugal são aqueles que ficam fora das regiões turísticas tradicionais”, sendo Portugal um dos países com a mais baixa taxa de sazonalidade de toda a Europa, por conseguir atrair turistas ao longo de todo o ano.

Siza Viera realçou ainda que a Linha de Apoio à Sustentabilidade do Turismo já apoiou 21 projetos para envolver as comunidades no aproveitamento dos benefícios do turismo com um montante total de seis milhões de euros.

A conferência é a primeira do seu gênero, na qual os responsáveis políticos debaterão temas como as novas tecnologias, a gestão de fluxos turísticos, a repartição dos turistas pela cidade e as estruturas de suporte.

Dela deverá sair uma declaração conjunta “que será a primeira com recomendações aos Estados membros e às cidades”, indicou o secretário-Geral da OMT, Zurab Pololikashvili.

Entre as cidades participantes, além de Lisboa e do Porto, estão Barcelona e Madrid (Espanha), São Paulo (Brasil), Dubrovnik (Croácia), Paris (França), Bruges (Bélgica), Moscovo (Rússia) ou Seul (República da Coreia).

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