Militares portugueses estão fora de qualquer perigo, diz ministro da Defesa

Da Redação
Com Lusa

Em Lisboa, o ministro da Defesa Nacional declarou que os militares portugueses no Iraque estão “fora de qualquer tipo de perigo”, aquartelados a mais de 200 quilômetros dos locais onde esta madrugada duas bases foram atacadas com mísseis.

“O contingente militar português no Iraque, 34 elementos, estão bem, estão todos fora de qualquer tipo de perigo estão na base de Besmayah, que fica a 200 quilômetros e 350 quilômetros das duas bases que foram atacadas, portanto estão muito longe do local onde ocorreram estes incidentes”, declarou o ministro João Gomes Cravinho.

O Pentágono confirmou neste dia 8 que “mais de uma dúzia de mísseis” iranianos foram disparados contra duas bases em Ain Assad e Erbil, no Iraque, utilizadas pelo exército norte-americano.

Questionado pelos jornalistas à margem de uma visita à Academia de Comunicações e Informação da NATO, no Reduto Gomes Freire, em Oeiras, Gomes Cravinho sublinhou que a base onde estão aquartelados os militares portugueses, enquadrados no contingente espanhol na coligação internacional contra o “daesh” é “uma base algo isolada”.

“Fica a uns 40 quilômetros Bagdad numa região desértica e é um campo militar grande como se fosse uma espécie de campo de santa Margarida [em Portugal], que não tem uma povoação próxima e tem medidas de proteção reforçadas”, disse Gomes Cravinho.

Quanto a uma eventual retirada, o ministro reiterou que “é prematuro” falar em mandar regressar as tropas, afirmando que é preciso aguardar por mais desenvolvimentos em relação às posições das autoridades iraquianas.

O ministro adiantou que está em “estreita cooperação” com os aliados e que a “esperança é que em breve haja condições para retomar” as atividades de formação às forças iraquianas.

Portugal condena ataque

O ministro dos Negócios Estrangeiros português condenou os ataques do Irã, apelando à contenção de todos os envolvidos para evitar “uma espiral de violência” no Médio Oriente.

“As ações militares tomadas pelo Irã contra bases da coligação internacional [que luta contra o grupo extremista Estado Islâmico no Iraque], a que Portugal pertence, merecem a nossa condenação, mas apelamos também a todos os envolvidos para que usem da máxima contenção para evitarmos uma espiral de violência e uma escalada que nos afastará mais de uma solução pacífica, sustentada e duradoura para a estabilidade no Médio Oriente”, disse Augusto Santos Silva.

Questionado pelos jornalistas sobre se, face aos mais recentes acontecimentos, Portugal vai reforçar a segurança da embaixada portuguesa em Teerão, no Irã, Santos Silva evocou os protocolos de segurança existentes.

“Temos os protocolos de segurança requeridos pela presença de cidadãos portugueses nos países ou regiões onde haja situações de emergência ou críticas, que ativamos sempre que necessário, e temos protocolos de segurança para as embaixadas, consulados ou pessoal diplomático, que pela sua natureza não são públicos, nem podem ser divulgados publicamente”, disse.

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