Viana do Castelo cancela tourada e organização acredita no fim da tauromaquia em 2016

Da Redação
Com Lusa

VianaAntiTouradasA organização anti-touradas ANIMAL manifestou a sua satisfação com a decisão do tribunal de Braga em não autorizar evento em Viana e adianta que em 2016 se assistirá à queda da indústria tauromáquica em Portugal.

“A ANIMAL garante que 2016 será um ano marcante na queda da indústria tauromáquica em Portugal, tal como 2015 está a ser no resto do mundo”, afiança a organização em comunicado onde acrescenta que “o trabalho de lobbying político (nacional e internacional) está a dar frutos um pouco por todos os países em que a atividade tauromáquica ainda existe”.

A reação da ANIMAL surge um dia depois de o movimento “Vianenses pela Liberdade” ter anunciado o cancelamento da tourada prevista para domingo em Viana do Castelo, cidade que em 2009 se declarou como “antitouradas”.

O grupo de aficionados acabou por cancelar o evento depois de, na sexta-feira, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga (TAFB) ter declarado “totalmente improcedente” a ação para proteção de direitos e garantias movida por um movimento pró-tourada contra o indeferimento da autarquia para a montagem da arena em terrenos privados.

“É com um sentimento de ‘justiça feita’ que vemos agora esta decisão do TAFB em não autorizar a tourada naquele local. Temos bem presente que as razões não são de caráter moral, mas como sabemos esta é ainda uma atividade legal, portanto, neste caso, a não autorização baseia-se no incumprimento dos regimes da REN, RAN, PDM, entre outros”, assinala o vice-presidente da ANIMAL no comunicado.

Desde 2012 que as touradas têm decorrido em Viana do Castelo porque o TAFB tem aceitado as providências cautelares apresentadas pelos movimentos de aficionados, para suspender os indeferimentos municipais.

“A ANIMAL tem agido judicialmente a respeito, mas infelizmente, até este ano, o Tribunal tem sempre decidido a favor da indústria”, recorda a organização que em 2008 criou a “Moção Cidade Anti-Touradas” que propôs a várias cidades portuguesas, tendo Viana do Castelo sido a única que assinou a declaração.

Ainda este ano, Portugal apareceu em um mapa que alerta turistas para más práticas com animais. Touradas, zoos, passeios de charrete e a possibilidade de nadar com golfinhos são exemplos sobre Portugal e outros países recolhidos num mapa digital promovido por uma fundação espanhola.

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