Terceira semana de janeiro foi a que teve mais mortes em Portugal

Da Redação
Com Lusa

A terceira semana de janeiro deste ano foi a que registrou mais mortes em Portugal desde o início da pandemia, divulgou nesta sexta-fira o Instituto Nacional de Estatística (INE), que contabilizou 4.898 óbitos nesse período.

Mais de 75 por cento das mortes em Portugal entre 11 e 24 de janeiro foram de pessoas com mais de 75 anos, indica o INE no boletim sobre mortalidade, em que se refere que 24,3% das 4.530 mortes da segunda semana e 34,6% das 4.898 verificadas na terceira semana de janeiro (18 a 24) foram atribuídas à covid-19.

O maior excesso de mortalidade verificou-se entre pessoas com 90 anos ou mais, com um aumento de 87,9% em relação à média para o mesmo período calculada com base nos últimos cinco anos.

Na terceira semana houve um excesso de mortalidade (face à média para o mesmo período dos últimos cinco anos) de 70,9%, enquanto na segunda semana esse excesso foi de 60,9%. Desse acréscimo do número de mortes em relação à média, 64,4 % na segunda semana e 83,3% na terceira semana foram atribuídas à covid-19.

Neste período da segunda e terceira semanas de janeiro, 63,1% das 9.428 pessoas que morreram estavam internadas em hospitais. Três regiões concentraram 82,6% do total de mortes: Norte (27,8%), Centro (27,2%) e Área Metropolitana de Lisboa (27,6%).

O maior número de mortes por 100.000 habitantes verificou-se no Alentejo (140,5), Centro (115,7), Área Metropolitana de Lisboa (90,9%) e Algarve (90,3).

Na distribuição por gênero, morreram mais homens (4.738) do que mulheres (4.690) durante a segunda e terceira semanas de janeiro.

Áustria recebe pacientes

A Áustria vai receber 10 doentes portugueses, entre os quais cinco com infecções graves pelo novo coronavírus e cinco com outras doenças ou cirurgias pendentes, confirmou o Governo austríaco, que espera ajudar Portugal durante a pandemia de covid-19.

Em comunicado, o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, assumiu ser “uma questão de solidariedade europeia oferecer ajuda rápida sem burocracia para salvar vidas humanas”. O líder conservador austríaco já tinha falado no último domingo com o primeiro-ministro, António Costa, acerca da possível transferência de doentes.

“Tal como acolhemos [no passado] doentes de cuidados intensivos de França, Itália e Montenegro, queremos agora ajudar Portugal nesta difícil situação”, acrescentou o chefe do executivo austríaco.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.285.334 mortes resultantes de mais de 104,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 13.482 pessoas, em 748.858 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Mais de metade das escolas públicas de Portugal registrou, pelo menos, um caso de infecção por covid-19, segundo os dados do Ministério da Educação divulgados pela Fenprof, que referem situações em quase três mil estabelecimentos de ensino.

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