Rio de Janeiro monitora pessoas que contactaram paciente com variante indiana

Da redação com EBC

As autoridades sanitárias do Rio de Janeiro informaram que estão monitorando todas os moradores do estado que tiveram contato com o paciente infectado com a variante indiana do novo coronavírus. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, essas pessoas foram orientadas a fazer isolamento e a contactar as autoridades sanitárias se sentirem qualquer sintoma de covid-19.

Até o momento, não foi notificado nenhum caso entre essas outras pessoas. Já o paciente infectado com a variante indiana está neste momento na cidade do Rio de Janeiro, em isolamento, sendo acompanhado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

O Instituto Adolfo Lutz identificou um caso da variante B.1.617.2, proveniente da Índia. O caso foi identificado em um morador de 32 anos da cidade de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, que viajou para a Índia e desembarcou no aeroporto de Guarulhos no dia 22 de maio. Esse passageiro circulou pelo aeroporto de Guarulhos, fez um exame RT-PCR para a detecção do novo coronavírus e, antes de obter o resultado, embarcou para o Rio de Janeiro. De lá, seguiu para Campos dos Goytcazes.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, 29 pessoas que tiveram contato com ele e estão na cidade do Rio foram testadas para covid-19 e estão sendo rastreadas pela vigilância epidemiológica.

“Até o momento, a gente não tem notificação de nenhuma pessoa positiva a partir deste contato. Mas a gente segue acompanhando e retestando esses contactantes para garantir que não vai haver a disseminação desse vírus na cidade”, disse Soranz.

Também está sendo discutida com o Ministério da Saúde a possibilidade de fazer uma barreira sanitária nos voos domésticos que chegam à cidade do Rio de Janeiro.

“Os protocolos de prevenção seguem os mesmos, independentemente da variante. Toda a população, mesmo quem já foi vacinado, deve continuar com as medidas de prevenção como: lavar as mãos, usar álcool em gel quando não for possível lavar as mãos, usar máscara e evitar aglomeração. As vacinas contra covid-19 disponíveis no Brasil passam por testes para avaliação de sua eficácia. Por se tratar de um novo vírus e as mutações estarem ocorrendo pós produção dos imunizantes, os estudos ainda estão sendo aprofundados. Entretanto, é importante que a população siga se vacinando e cumprindo os protocolos de prevenção”, informou a Secretaria Estadual por meio de nota.

Calendário vacinal

O estado do Rio de Janeiro distribui, nos próximos dias, 224,5 mil doses de três tipos de vacinas contra a covid-19. São 160,7 mil doses de Oxford/AstraZeneca, 53,8 mil da Pfizer e dez mil de CoronaVac.

A operação de distribuição começou quarta-feira (26) com entrega de Oxford/AstraZeneca à capital e aos municípios de Niterói e São Gonçalo, no Grande Rio. As demais doses de Oxford/AstraZeneca e as da CoronaVac são enviadas neste dia 27 aos 89 municípios restantes.

Já as doses da Pfizer serão distribuídas na segunda-feira (31) para a capital e outros 19 municípios: Angra dos Reis, Barra Mansa, Belford Roxo, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias, Itaboraí, Macaé, Magé, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Petrópolis, São Gonçalo, São João de Meriti, Teresópolis e Volta Redonda.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, informou que manterá o calendário municipal de vacinação contra a covid-19 previsto para o mês de junho. Portanto, em junho, na cidade, serão vacinadas pessoas com 51 a 59 anos.

A partir de julho, a cidade do Rio adotará o calendário estadual unificado, que prevê vacinar toda a população adulta do estado até o fim de outubro deste ano.

Segundo calendário estadual, em junho serão vacinadas pessoas com 55 a 59 anos, em julho serão vacinadas pessoas de 45 a 54 anos, em agosto de 35 a 44 anos em agosto, em setembro de 25 a 34 anos em setembro e em outubro de 18 a 24 anos.

Também serão vacinados em junho, segundo o calendário estadual, pessoas com comorbidades, com deficiências permanentes que recebem o benefício de prestação continuada, gestantes e puérperas com comorbidades e deficientes visuais com mais de 18 anos, além de pessoas com autismo, paralisia cerebral, doentes renais crônicos em diálise, portadores de nanismo e mielomeningocele.

Nova onda

O Brasil recebeu na quarta-feira mais 629.400 doses da vacina contra a covid-19 produzida pelo consórcio Pfizer/BioNTech, informou o Ministério da Saúde brasileiro.

Com esse novo lote, que chegou ao Aeroporto de Viracopos (São Paulo) na noite de quarta-feira, o total de doses da Pfizer/BioNTech recebidas pelo Brasil supera os 3,4 milhões.

“No próximo mês, a previsão é de que mais 12 milhões de doses da Pfizer sejam entregues ao Ministério da Saúde, para ampliar a campanha nacional de vacinação”, indicou a tutela na rede social Twitter.

A chegada das vacinas faz parte do acordo firmado entre o consórcio e o Brasil em março deste ano, que visa disponibilizar ao país 100 milhões de doses do fármaco até ao final do terceiro trimestre de 2021.

Até ao final do ano, os laboratórios irão fornecer um total de 200 milhões de doses do antídoto ao Brasil para o combate à pandemia.

O Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a covid-19 avança a um ritmo lento no Brasil, devido à escassez de vacinas no país.

No total, apenas 10,13% da população brasileira recebeu a dosagem completa da vacinação.

O atraso na vacinação por falta de doses disponíveis deixou em alerta os especialistas, que preveem a chegada de uma terceira vaga da pandemia, numa altura em que o país ainda não conseguiu sair da segunda.

O Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia em todo o mundo, totaliza 454.429 óbitos e 16.274.695 infeções pelo novo coronavírus.

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