Perto de 3 mil pessoas manifestaram-se em Lisboa contra a gestão da pandemia

Da Redação Com Lusa

Quase 3.000 pessoas manifestaram-se neste sábado em Lisboa contra a gestão da pandemia de covid-19 em Portugal e por uma maior liberdade individual e social, num protesto que se repetiu também em diversas cidades europeias e mundiais.

A manifestação começou no Parque Eduardo VII e desceu pela Avenida da Liberdade até terminar no Rossio, onde se concentrou a maioria das pessoas, onde se entoaram cânticos e onde foram proferidos os discursos dos representantes dos diversos movimentos envolvidos.

A grande maioria dos manifestantes apresentou-se sem máscara de proteção individual e não guardou distância social de segurança, tendo muitos ainda aparecido com bandeiras de Portugal e cartazes com mensagens de protesto, tais como: ’Covid-1984’, ‘Devolvam a liberdade’, ‘Deixem as crianças viver’, ‘O vírus são os media’, ‘Sabemos pensar e decidir’ ou ‘Costa, Marcelo e DGS: Vemo-nos em Nuremberga’.

Ao longo de mais de três horas de ação de protesto entoaram-se ainda o hino nacional ou ‘Grândola Vila Morena’, de Zeca Afonso, mas o foco esteve nos discursos dos diferentes oradores, que criticaram a dimensão das medidas de restrição e lembraram as vítimas não covid, que disseram ter ficado sozinhas e esquecidas nesta pandemia.

Esta ação foi organizada a partir da Internet e contou com a vigilância de um dispositivo da Polícia de Segurança Pública, que não registou incidentes, com exceção de alguns autos levantados por consumo de álcool na via pública.

Em Portugal, morreram 16.762 pessoas dos 817.080 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Números caem
Neste sábado, Portugal registrou oito mortes relacionadas com a covid-19, menos três do que na sexta-feira, e 457 novos casos de infecção com o novo coronavírus, menos 129 que na véspera, segundo a DGS.

O relatório da situação epidemiológica da DGS indica que o número de doentes internados em enfermaria baixou para 789, menos 39 do que na sexta-feira, representando o valor mais baixo desde 07 de outubro de 2020, quando estavam internadas 764 pessoas devido à covid-19.

Nas unidades de cuidados intensivos (UCI) estão 170 doentes hospitalizados, menos 12 do que na sexta-feira, o número mais baixo desde 20 de outubro, quando estavam internadas 176 pessoas.

Os dados de hoje indicam ainda que mais 754 pessoas foram dadas como recuperadas, fazendo subir para 766.924 o número total de recuperados desde o início da pandemia em Portugal, em março de 2020.

Os casos ativos em Portugal continuam a registar uma diminuição, com 33.394 contabilizados, menos 305 do que na sexta-feira.

Desde março de 2020, Portugal já registou 16.762 mortes associadas à covid-19 e 817.080 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

As autoridades de saúde têm em vigilância 14.734 contactos, menos 181 relativamente ao dia anterior, mantendo-se a tendência decrescente desde o dia 30 de janeiro.

Das oito mortes registadas nas últimas 24 horas, seis ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo e duas na região Centro.

Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificadas mais 182 novas infeções, contabilizando-se até agora 309.603 casos e 7.080 mortos.

A região Norte tem 137 novas infeções por SARS-CoV-2 e desde o início da pandemia já contabilizou 329.340 casos de infeção e 5.287 mortes.

Na região Centro registraram-se mais 50 casos, acumulando-se 116.594 infeções e 2.985 mortos.

No Alentejo foram assinalados mais 24 casos, totalizando 28.873 infeções e 966 mortos desde o início da pandemia em Portugal.

A região do Algarve tem notificados 25 novos casos, somando 20.404 infeções e 351 mortos.

Na região Autónoma da Madeira foram registados 29 novos casos, contabilizando 8.321 infeções e 65 mortes.

Os Açores têm hoje 10 novos casos e contabilizam 3.945 casos desde o início da pandemia e 28 mortos.

As autoridades regionais dos Açores e da Madeira divulgam diariamente os seus dados, que podem não coincidir com a informação divulgada no boletim da DGS.

Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.

O novo coronavírus já infetou em Portugal, pelo menos, 369.938 homens e 446.852 mulheres, referem os dados da DGS, segundo os quais há 290 casos de sexo desconhecido, que se encontram sob investigação, uma vez que estes dados não são fornecidos de forma automática.

Quanto às vítimas mortais registadas, 8.799 eram homens e 7.963 mulheres.

O maior número de óbitos continua a concentrar-se nos idosos com mais de 80 anos, seguidos da faixa etária entre os 70 e os 79 anos.

Do total de mortes, 11.052 eram pessoas com mais de 80 anos e 3.556 com idades entre os 70 e os 79 anos.

De acordo com os últimos dados da DGS, Portugal tem atualmente 1.280.409 pessoas vacinadas contra a covid-19: 875.490 com a primeira dose e 404.919 com a segunda dose.

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