Incêndio: Estrela Geopark lança cartão para ajudar a reflorestar a serra

Da Redação com Lusa

Nesta quinta-feira, o Estrela Geopark Mundial da UNESCO anunciou o lançamento do cartão “Reflorestar”, com o objetivo “único” de gerar receitas para apoiar e promover ações de reflorestação, estabilização dos solos e restauro de ecossistemas da serra.

Em nota, a associação Geopark Estrela, localizada em Manteigas, distrito da Guarda, esclareceu que o cartão foi lançado “na sequência do último incêndio que devastou em grande parte a paisagem da serra da Estrela”.

A aquisição deste cartão tem um custo de 10 euros e é feita através do ‘email’ do Estrela Geopark [email protected].

“Para além de estar a contribuir para a regeneração da paisagem da Estrela, o utilizador deste cartão poderá ainda usufruir de um conjunto de descontos nos mais diversos parceiros deste Geopark”.

Na página na internet do Estrela Geopark, a associação acrescenta que o mês de agosto “ficou assinalado na história” da serra da Estrela “pelas marcas que o fogo deixou” naquele território, que integra a rede mundial da UNESCO, a organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

Com a aquisição do cartão, o utilizador, “para além de estar a contribuir para a regeneração da paisagem da Estrela”, poderá usufruir de um conjunto de descontos em parceiros do Geopark, nomeadamente em hotéis e alojamentos turísticos, restaurantes ou produtos locais, entre outros.

O Parque Natural da Serra da Estrela é a maior área protegida portuguesa e o incêndio, que lavrou durante 11 dias e se encontra em resolução desde a noite de quarta-feira, terá destruído mais de 25 mil hectares (sensivelmente um quarto da área total) em seis concelhos, de acordo com dados preliminares avançados pelas autoridades.

Situação de rescaldo

Mais de 1.500 operacionais e cinco meios aéreos continuam em operações nos incêndios da serra da Estrela e das Caldas da Rainha, atualmente em resolução, para evitarem reativações, segundo a Proteção Civil.

Segundo o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Fernandes, os dois incêndios mais preocupantes estão em resolução, mas nos locais mantêm-se dispositivos para evitar reativações, principalmente tendo em conta que as previsões meteorológicas para os próximos dias apontam para um aumento das temperaturas e baixa umidade.

Segundo o responsável, que falava na sede nacional da ANEPC, em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa), nos últimos quatro dias registaram-se 218 ocorrências de incêndios, das quais 50 na quarta-feira.

O incêndio que lavra na serra da Estrela há 11 dias foi dado como dominado pelas 21:30 de quarta-feira e às 12:00 de hoje permanecia em fase de resolução.

Este fogo deflagrou no dia 06 de agosto em Garrocho, no concelho da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, tendo chegado a ser dado como dominado no sábado, dia 13. Contudo, na segunda-feira, sofreu uma reativação.

O fogo consumiu parte substancial do Parque Natural da Serra da Estrela, uma área natural protegida e classificada pela UNESCO.

De acordo com a ANEPC, cerca das 12:00 de hoje encontravam-se ainda no local 1.090 operacionais, apoiados por cerca de 350 viaturas.

O incêndio nas Caldas da Rainha foi dado como dominado hoje às 04:25 e às 12:00 continuava em resolução.

Este fogo deflagrou às 13:45 de quarta-feira em Casais dos Rostos/Landal, nas Caldas da Rainha, distrito de Leiria, e alastrou ao concelho de Rio Maior, no distrito de Santarém.

Às 12:00, mantinham-se no local mais de 400 operacionais, apoiados por 166 viaturas, e três meios aéreos, segundo o ‘site’ da ANEPC.

No combate às chamas, durante a tarde de quarta-feira, registou-se a morte de um bombeiro, da corporação de Óbidos, por “doença súbita”.

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