Há um novo surto de sarampo em Portugal

Da Redação
Com Lusa

A Direção-Geral de Saúde confirmou a existência de 21 casos de sarampo no norte de Portugal. É um número três vezes superior ao avançado na última quarta-feira, depois de no ano passado ter ocorrido um surto que chegou a provocar a morte a uma jovem de 17 anos.

Os surtos de sarampo têm aberto a discussão na opinião pública sobre a vacinação, que em Portugal é gratuita, mas não obrigatória.

Esta quarta-feira, surgiu a confirmação por parte da Direção-Geral de Saúde de sete novos casos no país, tendo sido declarado novo surto.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa causada por um vírus, sendo mesmo das infeções virais mais contagiosas. Geralmente é propagada pelo contacto direto com secreções nasais ou da faringe e por via aérea.

Manifesta-se pelo aparecimento de pequenos pontos brancos na mucosa oral cerca de um ou dois dias antes de surgirem erupções cutâneas, que inicialmente surgem no rosto.

O período de incubação pode variar entre sete a 21 dias, o contágio dá-se quatro dias antes e quatro dias depois de aparecer o exantema (erupções cutâneas).

O sarampo tem habitualmente uma evolução benigna, mas pode desencadear complicações como otite média, pneumonia, convulsões febris e encefalites. Pode ser grave e até levar à morte. Os adultos têm geralmente uma forma mais grave da doença.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), só na região Europeia morreram no ano passado 35 pessoas. Mais de 20 mil casos foram registrados em 50 países.

A vacinação é a principal medida de proteção contra o sarampo. As vacinas conseguiram mesmo reduzir a mortalidade por sarampo em quase 80% entre 2000 e 2015 a nível mundial. A OMS estima que tenham sido prevenidas pela vacinação 20,3 milhões de mortes nesse período.

A vacina contra o sarampo é gratuita e está incluída no Programa Nacional de Vacinação (PNV), devendo ser dada em duas doses, aos 12 meses e aos cinco anos. Contudo, não é obrigatória porque não há vacinas obrigatórias em Portugal. É altamente recomendada pelas autoridades de saúde, médicos e pediatras, devendo ser cumpridas as duas doses nas idades indicadas no Programa de Vacinação.

A vacinação organizada começou em 1973 em Portugal, com uma campanha de vacinação de crianças entre os um e os quatro anos, que vigorou até 1977. Em 1974, a vacina foi incluída no PNV em uma dose e em 1990 foi introduzida uma segunda dose da vacina.

Portugal tem uma elevada taxa de imunização contra o sarampo, que ronda os 95%. Consideram-se já protegidos contra o sarampo as pessoas que tiveram a doença ou que têm duas doses da vacina, no caso de menores de 18 anos, e uma dose quando se trata de adultos.

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