Explosões no Líbano causaram pelo menos 50 mortes e 2.700 feridos

Da Redação
Com Lusa

O número de mortos em razão da grande explosão em Beirute já aumentou para mais de 50, e mais de 2.700 pessoas ficaram feridos.

O ministro da Saúde do Líbano, Hassan Hamad, informou primeiramente que as violentas explosões que abalaram Beirute nesta terça-feira fizeram pelo menos 25 mortes e mais de 2.500 feridos, nas primeiras estimativas.

Duas fortes explosões sucessivas sacudiram o porto de Beirute hoje, semeando o pânico e causando um enorme cogumelo de fumo no céu da capital libanesa, disseram as autoridades.

“É um desastre em todos os sentidos da palavra”, lamentou o ministro da Saúde, enquanto visitava um hospital da capital libanesa para onde estão a ser transportadas algumas das vítimas.

As violentas explosões que abalaram o porto de Beirute, no Líbano, podem ter tido origem em materiais explosivos confiscados e armazenados há vários anos, disse um oficial de segurança libanês.

O Presidente libanês, Michel Aoun, convocou uma “reunião urgente” do Conselho Supremo de Defesa e o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, declarou um dia de luto nacional, na quarta-feira, “pelas vítimas da explosão”.

“Senti-me como se estivesse perante um terramoto e depois ouvi uma explosão, seguida de outra, que abriram as janelas. Foi mais forte do que a explosão que matou Rafik Hariri”, disse uma habitante da cidade, referindo-se ao atentado à bomba, em 2015, que vitimou um conhecido homem de negócios libanês.

A mídia local transmitiu imagens de pessoas presas nos escombros de prédios, cobertas de sangue e testemunhas disseram que viram dezenas de feridos na área portuária, momentos depois das explosões.

Ajuda

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, apelou aos “países amigos” para ajudarem o país, depois das mortíferas explosões que abalaram o porto da capital.

“Lanço um apelo urgente a todos os países amigos e aos países irmãos que amam o Líbano a estarem do nosso lado e a ajudarem-nos a curar as nossas feridas profundas”, afirmou o chefe do executivo libanês.

As palavras de Hassan Diab já foram ouvidas no mundo árabe, tendo vários países mostrado solidariedade com o Líbano e a ofereceram-se para enviar ajuda.

O Presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, através das redes sociais, expressou condolências para com o Governo e povo libaneses, e desejou rápidas melhoras aos feridos, bem como manifestou palavras de consolo às famílias das vítimas.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio afirmou, num comunicado, que segue com “profunda preocupação” a situação e que o Governo do Cairo está em contacto com o congénere de Beirute para conhecer os pormenores e para enviar “toda a ajuda ao país irmão nestas condições difíceis”.

Por outro lado, o vice-presidente e primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Mohamed Bin Rashid al-Maktum, enviou, também através das redes sociais, condolências ao “querido povo libanês” e pediu a Deus que lhe dê “paciência e consolo”.

O emir do Qatar, Tamim Bin Hamada al-Zani, disse ter conversado ao telefone com o Presidente libanês, Michel Aoun, para lhe transmitir os pêsames e também a oferecer-se para enviar “todo o tipo de ajuda”, segundo indicou a agência de notícias oficial QNA.

O Líbano, que se encontra mergulhado numa profunda crise econômica, com uma dívida pública de 90.000 milhões de dólares (cerca de 76.000 milhões de euros), 170% do seu Produto Interno Bruto, viu ainda recentemente a libra libanesa perder em torno de 80% o seu valor face ao dólar norte-americano.

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