Expedição Brasil-2008 chega ao Rio e SP

Os portugueses da Expedição "Descobrir Portugal em Terras do Brasil", que viaja por comunidades lusas nas capitais brasileiras, esteve na Casa Ilha da Madeira. A jornada, que conta com dois portugueses locomovendo-se de moto pelo país, integra as comemorações oficiais dos 500 Anos do Funchal.

Por Bruno Gouveia Da Expedição Brasil-2008

Foto Bruno Gouveia

Com a saída de Niterói (RJ), a nossa base para a visita à magnânime cidade do Rio de Janeiro (RJ), o destino levou-nos à belíssima cidade de Paraty (RJ). E nesta pequena cidade litoral do Estado do Rio de Janeiro, onde outrora chegava e embarcava para a metrópole portuguesa toda a riqueza que provinha das cidades mineiras, permanecemos por dois dias. A cidade, património mundial da humanidade, consegue transportar-nos no tempo. A preservação arquitectónica é um facto real e muito bem apresentado.

As ruas da cidade velha preserva preservam as longas pedras que, na sua desorganização em tamanho e nivelamento, dificultam a deslocação de pés habituados a caminhar em pisos lisos. E contudo, isso não é, de todo, um facto que desmotive a visita. Paraty é uma cidade muito turística e consequentemente muito visitada. Os ambientes românticos, especialmente a partir da entrada do crepúsculo, convidam casais, quer jovens quer de idade mais avançada, a uma entrega mais envolvente.

A oferta turística, para além dos tradicionais souvenirs próprios da cidade, passa por passeios de carroça a cavalo e de barco pela enseada e pelo canal marítimo que percorre uma parte da cidade.

Contudo, antes de chegarmos a Paraty, o trajecto foi-nos mostrando imagens prodigiosas. Pese embora o tempo se apresentar nublado, a minha observação registou-as na memória visual tal como as estivesse vendo sob a presença de um sol radiante. Porventura, talvez, a inseparável dissociação mental entre a paisagem que via e as imagens que antecipadamente conhecia. E neste aspecto ganha primordial importância a baía de Angra dos Reis.

Deixando Paraty para trás, avançamos na estrada com intenção de chegar a São Paulo (SP) pela estrada Rio/Santos que segue a costa atlântica. Esta, tanto nos apresentava momentos de serra verdejante, como nos presenteava de seguida com vistas marítimas pela esquerda. Chegados à cidade de São Sebastião (SP), ainda nos aproximamos da fila da balsa para Ilhabela, uma ilha adjectivada de muito bela, cujo encanto vem desde o século XVI.

Porventura distorcida pelo local de São Sebastião onde me encontrava, a visão que tive de Ilhabela mais permite afirmar que a ilha é apenas a continuação do território continental. Após uma curta refeição decidimo-nos pelo trajecto de serra até São Paulo (SP), atendendo a que mais rapidamente chegaríamos à megacidade. E a São Paulo teríamos, forçosamente, de chegar com a luz do dia e com alguma margem de tempo de segurança para encontrarmos hotel. Num posto de combustível, um casal brasileiro numa moto BMW prestou-se a acompanhar-nos até à saída mais indicada para o Bairro que pretendíamos seguir.

O conhecido e caótico trânsito de São Paulo não nos foi apresentado. Pelo menos naquele fim-de-semana conduzimos de forma agradabilíssima.

E no domingo, 17 de Agosto, a presença na Casa Ilha da Madeira de São Paulo, junto da comunidade madeirense, na Festa de Nossa Senhora do Monte. A recriação do ambiente tipicamente madeirense com a tradicional espetada, a presença do bolo do caco e a actuação de grupos folclóricos, entre outros, eram o mote ao saudosismo.

Havia alguma expectativa em torno da nossa passagem pela comunidade. Senti que estávamos sendo um prolongamento do Funchal, do arquipélago da Madeira e de Portugal. Com o trabalho de São Paulo realizado, rumámos para Petrópolis – a fantástica cidade imperial.

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