Estado condenado a pagar mais de 1ME a famílias das vítimas de derrocada em praia

Da Redação
Com Lusa

O Tribunal Fiscal e Administrativo (TAF) de Loulé condenou o Estado a pagar mais de um milhão de euros às famílias dos cinco mortos pela derrocada de uma falésia na praia Maria Luísa, em Albufeira, em agosto de 2009.

Segundo a sentença, com a data deste dia 27, a juíza Patrícia Martins condenou o Estado a pagar cerca de um milhão e seis mil euros a duas famílias e a um sobrevivente, namorado de uma das vítimas mortais.

“Da prova produzida conclui-se que ao longo dos anos anteriores à derrocada e entre 2008 e 2009, o Estado, através das entidades que têm a seu cargo a monitorização das praias, de acordo com o critério do funcionário zeloso e diligente não ficou demonstrado que tenha cumprido os deveres de cuidado a que estava obrigado na vertente da vigilância do estado de deterioração do leixão”, refere a sentença.

Vigilância

Neste dia 27, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) alertou para os cuidados que os cidadãos devem ter nas praias, apontando para o “elevado” número de salvamentos registados e para a ausência de vigilância nestes espaços.

“Desde passado sábado foram registados 65 salvamentos em Portugal Continental, uma pessoa desaparecida e há a lamentar uma vítima mortal. É importante relembrar que algumas praias apresentam na sua área submersa efeitos da agitação marítima do inverno, observando-se fundões, declives acentuados, remoinhos e agueiros”, refere a AMN, num comunicado publicado na sua página na internet.

A AMN sublinha que “a época balnear só terá início em 06 de junho” e que até lá “a maioria das praias não tem vigilância permanente”, apelando, por isso, às pessoas para que “adotem um comportamento de segurança e evitem expor-se desnecessariamente ao risco”.

“É também de extrema importância cumprir as regras de distanciamento social e respeitar todas as indicações das autoridades, com o objetivo de reduzir a propagação da pandemia provocada pela covid-19”, aponta a nota.

Além disso, a AMN aconselha os banhistas a “vigiar permanentemente as crianças e não permitir que se afastem, mantendo-as sempre próximas de um adulto”, assim como a pedir ajuda através do 112 caso testemunhem uma situação de perigo dentro de água, ao invés de entrar no mar para tentar acudir.

Na terça-feira, o presidente da Federação Portuguesa de Nadadores-salvadores disse à agência Lusa que Portugal regista desde o início do ano 46 mortes por afogamento, mais 18 do que no mesmo período do ano passado.

Em Portugal, morreram 1.356 pessoas das 31.292 confirmadas como infectadas, e há 18.349 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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