Edifícios “portugueses” são atração no Rio

Por Igor Lopes

OuteiroGloria_Cristo_RioRJ

Passados dois meses do término do Ano de Portugal no Brasil, fica a lembrança dos eventos que passaram pelo Rio de Janeiro e trouxeram um pouco mais da cultura lusitana para a cidade maravilhosa. Foram momentos de cultura, entretenimento e, sobretudo, negócios. Mas há aspectos da cultura de Portugal que perduram no Rio e fazem parte, inclusive, do patrimônio brasileiro.

A cada bairro, rua ou local existem prédios e monumentos, fincados em solo carioca, que tornam essa aproximação e recordação cada vez mais latentes. Com esse intuito, procuramos saber que edifícios existentes na cidade maravilhosa trazem em si fisionomia portuguesa. Para esse feito, pedimos ajuda à Federação Nacional de Arquitetos e Urbanistas (FNA) do Brasil e do arquiteto urbanista Pedro Lessa. O levantamento destacou dez imóveis cariocas, cujas características desdobram-se a partir da influência lusitana.

O primeiro da lista é a igreja de N. Sra. da Glória do Outeiro, no bairro da Glória. Em seguida, surge a igreja de N. Sra. de Monserrate, localizada ao lado do Mosteiro de S. Bento, no Centro. No terceiro lugar, aparece o Forte de São José, que se situa na Fortaleza São João, na Urca. A quarta colocação é ocupada pelos famosos Arcos da Lapa, enquanto que o quinto posto fica entregue ao Convento de Santa Teresa. A imponente igreja da Ordem 3ª do Carmo, no Centro, e a Capela de N Sra. da Cabeça, no Jardim Botânico, assumem a sexta e sétima posição da lista, respectivamente.

Por seu turno, a Casa do Engenho D´Água, em Jacarepaguá, e a Casa do Bispo, no Rio Comprido, também merecem destaque no oitavo e nono lugar. Por fim, a Ponte, ou represa, dos Jesuítas, em Santa Cruz, encerra a listagem.

Segundo Pedro Lessa, entre os critérios observados, “cabe destacar a escolha de exemplos cariocas que fossem emblemáticos e representativos da contínua influência lusa sobre nossa arquitetura”. Por essa razão, este responsável comenta que “não foram incluídos edifícios dos quais apenas existe um único exemplar, como é o caso do Real Gabinete Português de Leitura, e que não chegam a formar um tipo entre nós”.

Pedro Lessa atua como professor de História da Arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e atua como Urbanista da Secretaria de Urbanismo da Prefeitura do Rio.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: