OMS alerta que capacidade de cuidados intensivos na Europa vai chegar ao limite

Mundo Lusíada
Com Lusa

Nesta sexta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que muitas unidades de cuidados intensivos na Europa vão chegar ao limite da sua capacidade nas próximas semanas.

“Há uma situação muito preocupante a acontecer na Europa. Não só estamos a ver aumentos no número de casos como aumentos no número de hospitalizações e no número de pessoas que necessitam de cuidados intensivos”, afirmou a principal responsável técnica pela resposta à pandemia de covid-19, Maria Van Kerkhove.

Salientou que, “em muitas cidades pela Europa, a capacidade máxima das unidades de cuidados intensivos será atingida nas próximas semanas” e que essa é a principal preocupação daquela agência das Nações Unidas.

Na Espanha, o presidente do Governo afirmou que o número real de infectados é de três milhões de pessoas, embora o registro oficial informe em um milhão de pessoas no país.

O Ministério da Saúde espanhol notificou, neste dia 23, 19.851 novos casos de covid-19, 8 mil nas últimas 24 horas, pelo que o total de contágios subiu para 1.046.132 desde o início da pandemia.

A França ultrapassou o milhão de casos confirmados tornando-se o segundo país da Europa Ocidental, após Espanha, a atingir esse número de infecções.

O Reino Unido registrou 20.530 novas infecções nas últimas 24 horas e 224 mortes atribuídas a covid-19, mais 35 do que na véspera.

Recorde em Portugal

Nesta semana, Portugal registrou o maior número de novos casos de infecção pelo novo coronavírus, nos últimos sete dias (16.247), com um aumento de 165% em relação a 7 de outubro, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os dados constam da publicação “COVID-19: uma leitura do contexto demográfico e da expressão territorial da pandemia” do INE e mostram que os 16.247 novos casos de infeção detetados nos últimos sete dias são o maior número alcançado até ao momento e correspondem a 15,8 novos casos por 10 mil habitantes.

Na quarta-feira, Portugal tinha registrado um total de 106 casos confirmados por cada 10 mil habitantes, o que representa um aumento de 33% em relação ao acumulado em 7 de outubro, data de referência do destaque anterior do INE.

Com base nos dados divulgados diariamente sobre a pandemia o INE fez uma leitura da evolução dos novos casos de infeção com SARS-CoV-2, o coronavírus que provoca a doença covid-19, desde o início de março até ao presente, concluindo que houve um “aumento exponencial de novos casos de covid-19, no acumulado de sete dias em 2 de abril com 5.618”, correspondentes a 5,5 novos casos por 10 mil habitantes, mas que esse aumento foi ultrapassado no dia 04 deste mês.

Entre 02 de abril e o final de agosto, o número de novos casos situou-se abaixo ou a rondar os 2.500 em sete dias e posteriormente registou-se uma aceleração, com valores acima dos quatro mil novos casos desde 13 de setembro e acima dos cinco mil novos casos desde 28 de setembro.

O número de novos casos acumulados em sete dias e registrados em 2 de abril foi ultrapassado pela primeira vez em 4 de outubro (5.856, correspondentes a 5,7 novos casos por 10 mil habitantes).

Recentemente, registrou-se outra vez um aumento exponencial de novos casos de infecção numa semana, com valores acima dos 10 mil a partir de 14 de outubro, registando-se na quarta-feira o valor mais elevado até ao momento: 16.247 novos casos em sete dias o que dá 15,8 novos casos por 10 mil habitantes.

Em 18 de outubro, data da última atualização de dados do INE sobre os municípios, existiam no país 98,9 casos confirmados de infecção por 10 mil habitantes e em 34 destes, o número de novos casos foi superior à média nacional em 34 municípios.

Segundo o INE “a expressão da pandemia continua a ser caracterizada por uma elevada heterogeneidade territorial”

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 41,3 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.245 pessoas dos 109.541 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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