Apenas 15 municípios portugueses permanecem em risco extremo

Mundo Lusíada
Com Lusa

Nesta segunda-feira, Portugal tem 15 concelhos em risco extremo de infecção face à semana anterior, após a saída de 104 municípios desta lista, segundo os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Há uma semana, Portugal tinha 119 dos 308 concelhos em risco extremo devido ao número de casos de covid-19, o que representava 38,6% do total. Hoje esse valor situa-se nos 4,8%.

O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) reporta a um período de incidência cumulativa a 14 dias entre 03 e 16 de fevereiro. Há duas semanas estavam em risco extremo 219 dos 308 concelhos.

Na nota explicativa dos dados por concelhos é referido que a incidência cumulativa “corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada”.

Os 15 municípios que permanecem em risco extremo são Aljustrel, Gavião, Manteigas, Resende, Arronches, Boticas, Rio Maior, Castanheira de Pera, Castelo de Vide, Monchique, Moura, Sernancelhe, Setúbal, Ferreira do Alentejo e Penela.

Dez concelhos tiveram zero casos de infeção: Lajes das Flores, Lajes do Pico, Povoação, Santa Cruz da Graciosa, Santa Cruz das Flores, Mourão, Nordeste, Corvo, S. Roque do Pico e Calheta (Açores).

Variantes

Segundo o primeiro-ministro, apesar da tendência positiva de descida do número de infectados em Portugal, o nível de incidência da covid-19 e as novas variantes ainda preocupam, como os casos identificados com a variante brasileira do vírus.

Esta posição foi transmitida por António Costa através de uma mensagem que publicou na sua conta pessoal na rede social Twitter, após ter participado por videoconferência na 16.ª sessão sobre a “situação epidemiológica da covid-19 em Portugal”, no Infarmed, em Lisboa,

“Assistimos a uma tendência positiva de descida da covid-19 em Portugal. No entanto, o nível de incidência é ainda muito elevado, nomeadamente na utilização dos serviços de Saúde”, referiu o primeiro-ministro, no final de mais uma reunião com epidemiologistas, e na qual também participaram o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, representantes de partidos políticos e parceiros sociais.

Além do elevado nível de incidência que a covid-19 continua a registrar em Portugal, António Costa fez também questão de salientar que “as novas variantes [do coronavírus] são motivo de preocupação”.

“Cumprir as regras é fundamental para vencermos o vírus”, acrescentou o primeiro-ministro.

Quando foi decretada a última renovação do estado de emergência, em 11 de fevereiro, António Costa pediu aos cientistas “um esforço de consensualização científica sobre aquilo que devem ser os níveis relativamente aos quais as medidas devem ser adotadas”, considerando que a existência de “opiniões diversas” tem gerado confusão na opinião pública.

Em Portugal, já morreram mais de 16 mil doentes com covid-19 e foram contabilizados até agora mais de 798 mil casos de infeção com o novo coronavírus que provoca esta doença, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Lista Novos casos

Portugal desceu na última semana 21 posições na lista de países e territórios em pior situação na média de novos casos diários de contágio pelo novo coronavírus por milhão de habitantes, passando para 41.º, segundo o ‘site’ ourworldindata.

A média diária entre 15 e 21 de fevereiro foi de 164,89 novos casos por milhão de habitantes, o que significa um decréscimo de 42% em relação ao registo de 284,99 da semana anterior e confirma a tendência de descida em Portugal.

A lista é encabeçada por República Checa (869,10), Montenegro (699,20) e Estónia (560), excluindo países com menos de um milhão de habitantes, enquanto a média dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) se situou em 192,11.

No número de mortes diárias por milhão de habitantes na última semana, Portugal desceu do segundo para o quarto lugar, com uma média de 8,98, menos 45% do que na semana anterior (16,29), e situa-se atrás de Eslováquia (16,22), República Checa (14,29) e Montenegro (13,65).

Em relação ao total de casos por milhão de habitantes (77.213), Portugal é o sexto da lista, sem contar com pequenos países ou territórios, atrás de Montenegro (114.630), República Checa (107.681), Eslovênia (88.875), Israel (86.654) e Estados Unidos (84.996).

No indicador de mortes globais por milhão de habitantes, Portugal é o sexto, com 1.565, numa lista encabeçada pela Bélgica (1.889) e em que surgem de seguida Eslovênia (1.816), República Checa (1.794), Reino Unido (1.779) e Itália (1.583). A média da UE situava-se em 20 de fevereiro em 1.188.

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