Na Catalunha, foram detidos líderes das duas principais associações independentistas

Da Redação
Com Lusa

Os líderes das duas principais associações independentistas da Catalunha, acusados de sedição (sublevação pública para impedir o cumprimento da lei), foram esta terça-feira colocados em prisão preventiva, sem fiança, por uma juíza da Audiência Nacional espanhola, indicaram fontes judiciais.

O presidente da Assembleia Nacional Catalã (ANC), Jordi Sánchez, e o presidente da Òmnium Cultural, Jordi Cuixart, que foram pela segunda vez presentes a tribunal, numa instância encarregada dos assuntos de segurança nacional, são acusados de sedição, por “promoverem” o ataque à Guardia Civil a 20 de setembro, durante uma operação para impedir o referendo de 1 de outubro, sobre a independência da Catalunha.

A juíza Carmen Lamela tomou esta decisão em ata, a pedido do ministério público, depois de ter rejeitado outro pedido, o de enviar para a prisão pelos mesmos factos o dirigente da polícia regional catalã, os Mossos d’Esquadra, Josep Lluis Trapero, a quem impôs medidas de coação mais leves.

Sánchez e Cuixart, aos quais a juíza atribui o papel de “promotores e dirigentes” das concentrações em frente a instalações do ministério da Economia do governo regional catalão, em Barcelona, impedindo durante horas a saída de agentes da polícia nacional que efetuavam buscas, são os únicos dos quatro investigados por sedição neste caso que foram colocados em prisão preventiva.

Inconstitucional

O Tribunal Constitucional espanhol considerou dia 17 nula, por ser inconstitucional, a lei do referendo sobre a independência na Catalunha, que fora suspensa provisoriamente em 07 de setembro e fica sem qualquer legitimidade com esta decisão.

No seu recurso, o executivo enfatizava a relevância do sistema constitucional perante uma “das maiores afrontas à Constituição espanhola que pode ser concebida por um Parlamento regional, num Estado democrático e direito”.

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