Ministro destaca “cooperação” para diminuição dos tempos de espera nos aeroportos

Da Redação com Lusa

O ministro português da Administração Interna destacou, sexta-feira em Ourém, a “cooperação” entre diversas entidades que permitiu uma “redução para menos de metade” dos tempos de espera nos aeroportos.

“No que diz respeito à responsabilidade do controle de segurança no aeroporto, houve redução para menos de metade. Isso mostra algo muito importante, que, aliás, também é válido para o esforço de proteção civil nacional. Mostra que quando somos capazes de cooperar entre os diferentes níveis de responsabilidade e os diferentes serviços públicos e privados, quando o valor da cooperação impera, nós somos capazes de enfrentar todos e os mais complexos desafios”, disse José Luís Carneiro, à margem de uma reunião com o presidente da Câmara de Ourém.

O ministro adiantou que os tempos de espera foram reduzidos para bem menos de metade, “naquilo que tem que ver com a responsabilidade do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras [SEF], ou seja, o controle da segurança nos aeroportos de Lisboa, Faro, Porto, Açores e Madeira”.

José Luís Carneiro disse que estes tempos correspondem à espera de “cidadãos vindos de países terceiros, que, dirigindo-se aos postos onde estão os funcionários do SEF e agora também da Polícia de Segurança Pública, têm que realizar rastreios de segurança, porque há dimensões que têm a ver com o funcionamento dos aeroportos que também não têm que ver com o Ministério da Administração Interna”.

O tempo máximo de espera no aeroporto de Lisboa baixou em mais de metade entre maio e agosto, de quase duas horas para 47 minutos nos três meses de aplicação do plano de contingência, segundo o Ministério da Administração Interna.

O plano de contingência do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras para os aeroportos portugueses durante os meses de verão incluiu um conjunto de medidas que começaram a ser aplicadas em junho e entraram gradualmente em vigor até ao início de julho para fazer face ao aumento exponencial do desembarque de passageiros no período do verão.

Medidas

Entre as principais medidas consta um reforço de 55 inspetores do SEF e de 176 agentes da PSP e várias soluções tecnológicas, como o controlo eletrônico de fronteira (E-gates).

O tempo máximo de espera no aeroporto de Lisboa baixou em mais de metade entre maio e agosto, de quase duas horas para 47 minutos nos três meses de aplicação do plano de contingência, segundo o Ministério.

Num balanço feito à Lusa sobre os três meses do plano de contingência nos aeroportos portugueses, o Ministério da Administração Interna (MAI) avança que, entre 01 de junho e 30 de agosto, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) controlou 5,4 milhões de passageiros nas chegadas e partidas, metade dos quais no Aeroporto Internacional Humberto Delgado, em Lisboa.

O MAI precisa que a média dos tempos máximos de processamento de passageiros no aeroporto de Lisboa, registada diariamente pela ANA – Aeroportos de Portugal, foi de 47 minutos em agosto, o valor mais baixo de toda a execução do plano de contingência, uma descida de 57,6% face à média dos tempos máximos registados em maio, mês anterior à entrada em vigor do plano.

De acordo com o ministério tutelado por José Luís Carneiro, a média mensal do tempo máximo de espera na fronteira de chegada do aeroporto de Lisboa passou de 111 minutos em maio para 47 minutos em agosto.

Na comparação entre agosto de 2021 e 2022, o MAI regista também uma redução da média do tempo máximo de espera na fronteira à chegada ao Aeroporto de Lisboa, “que passou de 102 minutos para 47 minutos”.

Segundo o MAI, os dados de afluência e utilização dos aeroportos portugueses são alvo de análise semanal por parte da PSP, ANA e SEF, em reuniões de monitorização do plano de contingência, ocasiões em que são promovidos os ajustamentos tidos como necessários.

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