Primeiro-Ministro pede aos portugueses que regressem à rua com cautela

Da Redação
Com Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, pediu neste sábado aos portugueses que regressem às ruas, frequentando lojas, restaurantes e cafés, embora com cautelas, com a mesma convicção com que lhes pediu que ficassem em casa devido à covid-19.

“Com a mesma determinação com que nos fechamos, temos agora também de voltar a ir à rua, voltar a procurar retomar a normalidade da nossa vida agora de uma nova forma e com as cautelas que não podemos deixar de ter”, defendeu o primeiro-ministro.

António Costa lançou este apelo no final de uma visita ao comércio do Chiado, em que esteve acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.

Em declarações aos jornalistas na Rua do Carmo, junto ao Rossio, o primeiro-ministro reforçou esta mensagem.

“Com a mesma convicção com que pedi que ficassem em casa, o apelo que eu agora faço é que, com segurança, com cautelas, retomem o processo de ocupação da rua, de regresso à rua, de regresso às lojas, de regresso à restauração, de regresso aos cafés, porque é assim que coletivamente vamos poder relançar outra vez a nossa vida no país”, afirmou.

Segundo o primeiro-ministro, os portugueses souberam ser “muito disciplinados e muito determinados” no confinamento em casa para conter a propagação da covid-19.

“Temos tido sucesso e não podemos baixar a guarda, porque este é um esforço que temos de continuar – e para isso temos de usar a máscara quando entramos nos locais fechados, temos de desinfetar as nossas mãos, temos de manter o distanciamento físico”, realçou.

Contudo, considerou que “os comerciantes, com enorme responsabilidade, estão a adotar as medidas de segurança” para que se possa voltar às lojas “sem perigo” e que há que “corresponder ao enorme esforço que estes comerciantes fizeram”, a quem deixou “uma palavra de alento e de agradecimento”.

“O civismo dos portugueses tem sido a chave do nosso sucesso na contenção da pandemia e, portanto, vai ser também a chave de nos irmos libertando em segurança”, defendeu António Costa, que desceu o Chiado lado a lado com a sua mulher, Fernanda Tadeu, com quem entrou em várias lojas.

A pandemia de covid-19 atingiu 196 países e territórios, registando-se mais de 307 mil mortos e mais de 4,5 milhões de pessoas infetadas a nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, feito com base em dados oficiais.

Em Portugal, morreram 1.203 pessoas num total de 28.810 confirmadas como infectadas, e 3.822 doentes recuperaram, de acordo com o relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A partir de 18 Maio

O Governo aprovou o calendário da segunda fase de levantamento das medidas de confinamento, no âmbito da pandemia de covid-19, prorrogando também até 31 de maio a declaração de situação de calamidade.

A partir de 18 de maio está liberado abertura de lojas (estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços) com porta aberta para a rua até 400 m2 ou partes de lojas até 400 m2 (ou maiores por decisão da autarquia).

Abertura de restaurantes, cafés e pastelarias, com lotação a 50%.

Os estabelecimentos ficam dispensados de licença para efeitos de confeção de comida destinada a consumo fora do estabelecimento ou entrega ao domicílio.

Regresso às escolas dos alunos dos 11.º e 12.º anos ou 2.º e 3.º anos de outras ofertas formativas, com aulas entre as 10:00 e as 17:00. Os alunos com idade igual ou superior a 10 anos são obrigados a usar máscara.

Abertura das creches com opção de manter o apoio à família caso os pais decidam continuar em casa.

Abertura de museus, monumentos e palácios, de acordo com as normas e instruções definidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS), nomeadamente o uso obrigatório de máscara, distância mínima de dois metros, higienização das mãos e dos espaços.

No trabalho, adoção de escalas de rotatividade de trabalhadores, diárias ou semanais, e com horários diferenciados de entrada e saída, nos casos em que não seja possível o teletrabalho.

Autorizadas celebrações comunitárias de acordo com regras definidas entre a DGS e as confissões religiosas.

Lojas do Cidadão permanecem encerradas, mas podem aceitar marcações para atendimento presencial a realizar após 01 de junho, assim como para abertura de cinemas, teatros, salas de espetáculos e auditórios.

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