Maria Cavaco Silva defende que instituições de solidariedade social não devem sofrer cortes

Mundo Lusíada
Com Lusa

Maria Cavaco Silva conversa com Laura Ferreira, mulher do primeiro ministro Pedro Passos Coelho, durante a visita ao Centro de Educação para o Cidadão Deficiente Mira Sintra. Foto: ANDRE KOSTERS/LUSA

Maria Cavaco Silva defendeu que apesar da crise, as instituições de solidariedade social não devem sofrer cortes financeiros, durante uma visita marcada pelo encontro com Laura Passos Coelho.

A mulher do Presidente da República visitou, em 28 de junho, o Centro de Educação para o Cidadão Deficiente (CECD) de Mira Sintra, numa visita onde encontrou Laura Passos Coelho, mulher do primeiro-ministro, que trabalha nesta instituição.

No final da visita, Maria Cavaco Silva disse aos jornalistas temer que, numa altura de crise, as instituições de solidariedade social, que dão voz aos mais desprotegidos, sejam afetadas por cortes ao nível do financiamento.

“Todos nós tememos, mas também tenho a noção de que será nestas instituições que os cortes não se devem fazer sentir, porque são precisamente as camadas mais vulneráveis da população – que todos nós temos obrigação de cuidar – que são tratadas, que são vistas, que são assistidas nestas instituições”, afirmou.

Maria Cavaco Silva lembrou que o CECD de Mira Sintra vai receber a 12 de julho um prêmio de excelência atribuído por uma marca europeia pelo trabalho prestado à comunidade, numa cerimônia que vai decorrer no Palácio de Queluz, e no qual estará presente.

O Centro de Educação para o Cidadão Deficiente de Mira Sintra é uma Cooperativa de Solidariedade Social que apoia cerca de 1.500 pessoas com deficiência intelectual e multideficiência e outras em desvantagem, onde a mulher do primeiro-ministro colabora como coordenadora do centro de medicina física e reabilitação há onze anos.

A presidente do conselho de administração da CECD de Mira Sintra, Cármen Duarte, disse que, devido à falta de apoios, os utentes “correm o risco de serem esquecidos e de deixarem de ter o apoio” prestado pela instituição ao longo dos 35 anos de existência.

“Estamos a fazer esforço muito grande para nos adaptarmos aos cortes, às reduções dos apoios, mas a verdade é que temos muito medo que esta área seja esquecida e que não possamos cumprir com qualidade o trabalho que temos vindo a fazer. Estamos muito preocupados porque o setor social, numa época como a que estamos a viver, muitas vezes é esquecido”, sublinhou a responsável.

Quanto ao fato de ter na instituição como colaboradora Laura Passos Coelho, Cármen Duarte adiantou: “Estamos certas que a nossa colaboradora irá ter a preocupação de transmitir ao seu meio envolvente as preocupações, que não serão só a das crianças, dos jovens, dos adultos, das famílias e das pessoas com deficiência, mas que vai ser uma preocupação a nível nacional”.

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