“Há mais vida além do Orçamento. Prioridade é melhorar vida das pessoas” diz Costa

Mundo Lusíada
Com Lusa

PassosCoelho_ParlamentoO primeiro-ministro português defendeu nesta sexta-feira que orçamentos apresentados pelo seu Governo tiveram em comum o objetivo de melhorar a vida das pessoas, através de uma redução global da carga fiscal, principalmente e reposição da “dignidade” no trabalho.

António Costa falava na Assembleia da República logo nas primeiras palavras do seu discurso que encerrou dois dias de debate na generalidade da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2017, antes da votação.

“Há mais vida para além do Orçamento do Estado, mas, como os orçamentos do Estado fazem parte da vida, a nossa primeira prioridade é melhorar a vida das pessoas”, declarou o primeiro-ministro, defendendo que desde 2016 se assiste a uma redução da carga fiscal, sobretudo em relação aos rendimentos do trabalho, e se verifica uma “reposição da dignidade do mercado de trabalho”.

O Orçamento foi aprovado na generalidade, quando a bancada socialista aplaudiu de pé a aprovação da votação. Votaram a favor o PS, BE, PCP, PEV, e contra PSD e CDS, com abstenção do PAN.

Os deputados têm agora até dia 18 de novembro para entregar propostas de alteração que serão votadas no debate da especialidade. O debate está marcado para os dias 24, 25 e 28 de novembro, e no dia 29 o Orçamento volta à Assembleia da República para a votação final global.

O primeiro-ministro defendeu ainda que o Governo conseguiu resultados onde o anterior falhou, caso do déficit, e afirmou que a única pessoa presente no discurso do líder social-democrata é ele próprio.

“Durante 20 minutos da sua intervenção não falou uma única vez sobre pessoas. A única pessoa que existe no discurso de Pedro Passos Coelho é ele próprio e o fantasma do seu anterior Governo”, declarou, recebendo palmas da bancada do PS.

Não ter estratégia alternativa
O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, havia acusado o “Governo das esquerdas” de não ter uma estratégia alternativa, sublinhando que não consegue colocar o país a crescer sem precisar de “cortes permanentes” ou medidas extraordinárias.

Também o líder da bancada parlamentar do PSD reagiu, à saída do Parlamento, segundo Luís Montenegro o PSD não se irá “inibir de apresentar propostas e continuar à procura das respostas que mais uma vez não foram dadas”.

“O primeiro-ministro gritou muito, berrou muito, foi, de resto, indelicado com o líder do maior partido da oposição. Infeliz mesmo. Mas a pergunta ficou no final por responder: saber se quem fala verdade é o ministro das Finanças – muito claro a negar qualquer possibilidade de renegociação de juros da dívida -, se a número dois desta coligação das Esquerdas, a deputada Catarina Martins, que afirmou que o Governo estava empenhado em promover a negociação”, afirmou.

O Orçamento do Estado para 2017 prevê um crescimento econômico de 1,5%, um déficit de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB), uma inflação de 1,5% e uma taxa de desemprego de 10,3%.

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