Eleições: Mesas de voto encerraram às 19h em Portugal Continental e na Madeira

Da Redação com Lusa

As mesas de voto para as eleições legislativas antecipadas encerraram neste domingo às 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, fechando uma hora depois nos Açores, devido à diferença horária.

O ato eleitoral, para o qual segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), estavam recenseados 10,8 milhões de eleitores, decorreu com normalidade e sem boicotes.

As projeções das televisões para a abstenção nas eleições legislativas indicam que deverá situar-se entre os 32% e os 46,5%.

Os líderes dos principais partidos votaram todos durante a manhã, tal como o primeiro-ministro cessante, António Costa, tendo sido unânimes no apelo ao voto, e na importância do ato eleitoral para o futuro do país.

Num ato eleitoral sem incidentes, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) decidiu enviar para o Ministério Público declarações do presidente demissionário do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, feitas no momento em quando foi votar, por considerar que houve “indícios do crime de propaganda”.

Miguel Albuquerque considerou que a crise política na região não iria afastar os madeirenses do voto, mostrando-se confiante na vitória de um partido e atribuindo a um outro partido um “grande desgaste”.

Para a CNE, as declarações a duas candidaturas às eleições “podem interferir no processo de formação de vontade dos eleitores e, assim, inserir-se no âmbito da proibição de realização de propaganda no dia da eleição”.

Durante a tarde, o porta-voz da CNE disse que “a eventual confundibilidade de siglas” de partidos e coligações é resolvida no Tribunal Constitucional, que é a entidade com competência para tal matéria, afirmando que o boletim de voto cumpre “rigorosamente” a forma como se registaram, inclusive se o nome aparece em sigla, por extenso ou em letras maiúsculas.

Uma declaração após uma polêmica e a queixas surgidas em relação a semelhança de nomes no boletim de voto.

Fernando Anastácio considerou que as questões sobre denominações, siglas e símbolos dos partidos e coligações podiam ter sido colocadas “há muito tempo” e não no dia das eleições, e sublinhou que o que estava nos boletins de voto “é uma transcrição” da forma como se registaram no Tribunal Constitucional.

No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais – 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e fora da Europa -, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 24 milhões de euros.

Concorrem a estas legislativas antecipadas 18 forças políticas, menos três do que nas eleições de 2019 e 2022.

A Nova Direita é o único partido estreante neste ato eleitoral, juntando-se a PS, Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM), Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), PAN, Livre, Nós, Cidadãos!, Alternativa 21 (MPT/Aliança), ADN, PTP, RIR, JPP, Ergue-te, MAS, Volt Portugal e PCTP/MRPP.

Abstenção

As projeções das televisões para a abstenção nas eleições legislativas de hoje indicam que deverá situar-se entre os 32% e os 46,5%.

A RTP avançou às 19:00 uma previsão de abstenção de 32% a 38%, a SIC com 35,5% a 40,5% e a CNN entre os 40,5% e os 46,5%.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), até às 16:00 votaram 51,96% dos eleitores, uma porcentagem superior à das últimas legislativas, realizadas em 30 de janeiro de 2022, quando a afluência média às urnas à mesma hora se estimava em 45,66%.

Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), estavam inscritos para votar 10.819.122 eleitores.

Concorreram a estas legislativas antecipadas 18 forças políticas, menos três do que nas eleições de 2019 e 2022.

Nas legislativas anteriores, em 30 de janeiro de 2022, a taxa de abstenção situou-se nos 48,54%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2019, nas quais a taxa de abstenção atingiu o número recorde de 51,43%.

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