Acordo de Governo PSD/CDS-PP aprovado é assinado amanhã

Mundo Lusíada
Com agencias

Foto: PEDRO NUNES/LUSA
Foto: PEDRO NUNES/LUSA

Os órgãos nacionais do PSD e do CDS-PP aprovam terça-feira o acordo de Governo negociado por dirigentes dos dois partidos, que será assinado na quarta-feira de manhã, num hotel de Lisboa.

Na sequência da vitória da coligação PSD/CDS-PP, sem maioria absoluta, nas eleições legislativas de domingo, os órgãos de direção mais restritos dos sociais-democratas e dos centristas reuniram-se na segunda-feira com representantes para ultimarem uma proposta de acordo político de Governo.

A proposta de acordo de Governo entre PSD e CDS-PP inclui um “compromisso de diálogo” para uma “posição comum” sobre as presidenciais de 2016 e a consulta mútua relativamente a outros atos eleitorais que ocorram na presente legislatura. Também estabelece que os grupos parlamentares autônomos dos partidos votarão solidariamente a eleição do presidente da Assembleia e eventuais projetos de revisão constitucional.

Como representante do PSD foi indicado José Matos Correia, enquanto o CDS-PP mandatou Pedro Mota Soares para essa negociação, segundo informou a Lusa.

Depois de reunirem as respetivas comissões políticas nacionais durante a tarde, hoje à noite PSD e CDS-PP vão realizar reuniões dos seus conselhos nacionais, órgãos máximos entre congressos, para debater e aprovar o acordo político de Governo que foi negociado.

A assinatura do acordo de Governo decorrerá na quarta-feira de manhã, num hotel de Lisboa, à semelhança do que aconteceu há quatro anos.

No discurso de vitória da coligação PSD/CDS-PP nas eleições legislativas de domingo, o presidente dos sociais-democratas, Pedro Passos Coelho, anunciou que os dois partidos iriam, “de forma muito expedita”, reunir os respetivos órgãos nacionais para formalizar um acordo de Governo.

“Já acertei com o doutor Paulo Portas, em consequência do resultado que registámos nestas eleições, que iremos promover de forma muito expedita à convocação dos órgãos nacionais dos respetivos partidos para formalizar um acordo de Governo, que sempre esteve subjacente ao acordo de coligação”, declarou Passos Coelho, num hotel em Lisboa onde a coligação PSD/CDS-PP acompanhou a noite eleitoral.

Com o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, ao seu lado, Passos Coelho acrescentou: “Nestes primeiros dias da semana, portanto, faremos, como nos compete, o passo que é indispensável para que se possa comunicar ao senhor Presidente da República que a força política mais votada nas eleições está disponível para formar o Governo, e com isso contrair todas as responsabilidades inerentes aos resultados das eleições”.

Oposição
O secretário-geral do PCP reiterou a promessa de apresentar uma moção de rejeição ao eventual programa de Governo da maioria PSD/CDS-PP, em conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa.

Durante uma reunião do comité central comunista, Jerónimo de Sousa apresentou as principais conclusões, incluindo novas acusações ao PS, no sentido de que “um novo Governo” liderado por Passos Coelho e Paulo Portas “só se materializará” (…) se o PS optar por convergir com PSD/CDS, defraudando o sentido de voto de milhares de portugueses”.

“Neste novo quadro político, o PS só não forma Governo porque não quer. Nada o impediria de se apresentar disponível”, continuou, salvaguardando ser necessário, por parte dos socialistas, uma “vontade de ruptura com a política de direita”.

Dois dias depois das eleições legislativas, o Presidente da República recebeu Pedro Passos Coelho no Palácio de Belém, segundo a imprensa, para exigir compromissos com Antonio Costa e uma solução estável com a oposição. Cavaco Silva faz nesta noite uma comunicação ao país sobre “a formação do novo Governo”.

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