“A única alternativa a António Costa sou eu”, afirma Rui Rio mas admite coligação

Da Redação
Com Lusa

O presidente do PSD admitiu nesta quarta-feira uma coligação “à direita” depois das eleições, mas liderada pelos sociais-democratas, explicando que “obviamente o parceiro natural” para uma maioria parlamentar é o CDS.

“Ninguém disse que não fazia isso [uma coligação com o CDS depois das eleições]. Haverá um resultado eleitoral e depois logo se vê. Mas seguramente, à direita, se liderada por mim, nunca haverá uma ‘geringonça’ montada à pressa e de qualquer maneira só para se conseguir o poder, terá uma uniformidade fundamental que com o CDS sempre existiu”, admitiu Rui Rio, em Guimarães.

O líder do PSD realçou afinidades com o partido de Assunção Cristas explicando que, “obviamente, o parceiro natural do PSD quando precisa de um outro partido para fazer uma maioria parlamentar é o CDS-PP”. No entanto, afirmou, essa aliança teria que ser liderada pelo PSD: “A alternativa de liderança de um Governo em Portugal, àquele que existe neste momento, alternativa de liderança, de primeiro-ministro, a única alternativa a António Costa sou eu”, afirmou.

O ex-presidente da câmara do Porto fez ainda questão de reafirmar que uma aliança à direita nunca seria uma geringonça. “À direita nunca haverá uma ‘geringonça’ porque a ‘geringonça’ pressupõe uma coisa mal-amanhada que vai ver se consegue funcionar mais ou menos, o próprio termo deriva dessa ideia”, salientou.

Apoio dos portugueses

Rui Rio ainda reafirmou que nas eleições legislativas não procura o apoio dos militantes, mas sim dos portugueses que são “muitíssimo mais”.

Mostrando-se indiferente às críticas internas, o social-democrata referiu que na composição das listas, seja qual for o partido, há sempre deputados que ficam contentes e outros descontentes porque os “candidatos são mais do que os lugares”.

“Mas, isso é transversal a todos os partidos”, vincou Rio, após uma curta visita ao Santuário do Bom Jesus, em Braga, e antes de seguir para a feira semanal de Famalicão, no mesmo distrito.

Apesar de a visita ter sido curta, Rio ainda ouviu as queixas de um homem que, de junho a julho, apanhou mais de dez mil pontas de cigarros nas imediações do santuário, reportando ainda uma situação de “autêntica lixeira de entulho e de lixo indiferenciado” no Sameiro, santuário adjacente.

“O discurso político está gasto”, atirou Carlos Manuel Dobreira, mas Rio apressou-se a discordar dizendo que o discurso no ambiente não está gasto, tendo de ser mais forte na política e na sociedade, dando como exemplo a questão dos incêndios.

Confessando ser ex-fumador, o social-democrata considerou que esta questão está relacionada com falta de civismo, frisando que em alguns países isso não acontece.

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