O Fenômeno dos Técnicos Portugueses no Futebol Brasileiro de 2023

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Em uma transformação notável do cenário futebolístico brasileiro, a temporada de 2023 trouxe uma maré lusitana que reconfigurou o panorama dos técnicos na elite do futebol nacional. Se em 2019 tínhamos apenas Jorge Jesus comandando o Flamengo, este ano não menos que sete técnicos portugueses iniciaram a campanha no Brasileirão. Mas por que esse fenômeno? O que os treinadores portugueses têm de tão especial? Vamos mergulhar nesse assunto.

A história da invasão dos técnicos portugueses no futebol brasileiro

O brasileiro tem memória curta, mas quem poderia esquecer a temporada brilhante do Flamengo sob o comando de Jorge Jesus em 2019? Títulos, futebol ofensivo e uma nova mentalidade pareciam indicar que algo estava mudando. E mudou. Os olhos do futebol brasileiro se voltaram para Portugal, e os clubes começaram a ver os técnicos lusos como uma espécie de talismã para o sucesso.

Com isso, mais clubes  da elite do futebol brasileiro resolveram investir nessa mudança cultural e tática. Além da influência óbvia em termos de táticas e treinamento, os técnicos portugueses também trouxeram uma nova mentalidade ao futebol brasileiro. Eles têm uma abordagem mais científica do jogo, priorizando estatísticas, análises detalhadas e um foco em aspectos muitas vezes negligenciados no Brasil, como a preparação mental dos jogadores e a importância do trabalho em equipe. A chegada de Abel Ferreira ao Palmeiras, hoje técnico mais vitorioso da história do clube paulista com 8 títulos, ajudou a consolidar ainda mais a febre dos treinadores portugueses no futebol brasileiro.

A Invasão dos Treinadores Lusitanos de 2023 

Abel Ferreira, defendendo o título pelo Palmeiras; Vítor Pereira, no comando do Flamengo; Luís Castro pelo Botafogo; António Oliveira liderando o Coritiba; Pedro Caixinha pelo Red Bull Bragantino; Renato Paiva à frente do Bahia e Ivo Vieira comandando o Cuiabá. Foram sete nomes que iniciaram a temporada, trazendo consigo uma bagagem repleta de novas táticas, métodos de treinamento e, claro, um sotaque diferente.

Mas como toda história de amor, nem tudo foram flores. Vitor Pereira, Luis Castro, Antonio Oliveira e Ivo Vieira acabaram deixando seus postos durante a temporada. Alguns deles, no entanto, apenas trocaram de clube. Antonio Oliveira, por exemplo, fez a transição do Coritiba para o Cuiabá, onde já havia feito história anteriormente. No Botafogo, o inesperado adeus de Luís Castro abriu portas para outra mente portuguesa, Bruno Lage.

Essas mudanças apontam para uma capacidade única dos técnicos portugueses de se adaptarem e encontrarem novas oportunidades, mostrando que sua influência está longe de ser uma moda passageira.

Os Segredos do Sucesso

Se há algo que esses técnicos trazem na bagagem é uma visão moderna do futebol, unindo aspectos tradicionais da escola portuguesa — como a valorização da técnica e do jogo coletivo — a uma abordagem mais global e atualizada. Não é apenas sobre ter uma formação tática eficiente, mas sobre entender o jogo como um todo, desde a base até o elenco principal, passando por todos os detalhes que fazem a diferença entre vitória e derrota.

A onda de técnicos portugueses no Brasileirão 2023 não parece ser um fenômeno efêmero; ao contrário, tudo indica que veio para ficar. Com títulos e performances notáveis, esses profissionais têm contribuído significativamente para elevar o nível do futebol brasileiro. É revelador que Botafogo e Palmeiras, ambos com técnicos lusitanos, sejam atualmente os favoritos nas apostas para ganhar o campeonato. A febre das casas de apostas no Brasil, quase tão intensa quanto o interesse por esses treinadores, confirma esse favoritismo com odds favoráveis para esses times. Em todo o país, apostadores estão investindo nas equipes, com valores que variam desde apostas mais robustas até as mais modestas, realizadas em plataforma mínimo 10 reais.

Portanto, quando olhamos para o panorama atual, uma coisa fica clara: o futebol brasileiro está aberto para aprender e crescer. E se o segredo para esse crescimento tem sotaque português, que assim seja. Afinal, o futebol é uma linguagem universal, e quanto mais diversidade e qualidade pudermos agregar, melhor para o nosso esporte. E quem sabe, talvez este seja apenas o início de uma bela relação transatlântica no mundo do futebol.

 

 

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