Em amistoso sem CR7, Brasil vira e ganha da Seleção portuguesa

Mundo Lusíada
Com agencias

A seleção portuguesa de futebol perdeu neste 10 de setembro com o Brasil por 3-1, em partida amistosa disputada no Gilette Stadium, em Foxboro, Estados Unidos.

A equipe lusa atuou sem Cristiano Ronaldo, dispensado devido a lesão, e chegou a estar na frente do marcador, com um gol de Raul Meireles, aos 18 minutos, mas os “canarinhos”, orientados pelo brasileiro Luiz Felipe Scolari, ex-técnico de Portugal, deram a volta ainda no primeiro tempo, com gols de Thiago Silva, aos 24, e de Neymar, aos 35. Brasil fechou a contagem no segundo tempo, com um gol de Jô, aos 49 minutos.

Portugal encontrou-se muito cedo a ganhar do país mais titulado do futebol, organizador do Mundial de 2014, graças ao gol marcado por Raul Meireles, aos 18 minutos, mas não conseguiu segurar por muito tempo a vantagem, nem a velocidade de Neymar, chegando ao intervalo já a perder por 2-1 e sem dar sinais de poder inverter a situação.

O treinador Luiz Felipe Scolari teve um reencontro feliz com a equipe lusa, que orientou durante cinco anos, entre 2003 e 2008, durante os quais levou pela primeira vez Portugal à final de uma grande competição, no Euro2004 – perdida para a Grécia em pleno Estádio da Luz -, além de ter atingido as meias-finais do Mundial2006, algo que só tinha acontecido em 1966.

O atual brasileiro, que foi o técnico com mais jogos (74) e vitórias (42) na liderança da “equipa das quinas”, procura ser tão bem sucedido na segunda passagem pelo comando técnico do “escrete” no Campeonato do Mundo que o Brasil vai organizar em 2014, depois de ter conduzido a equipe “canarinha” à conquista do título mundial em 2002.

Cristiano Ronaldo foi o grande ausente do jogo, devido a lesão, depois de ter concretizado o seu primeiro “hat-trick” por Portugal na sexta-feira passada, na importante vitória na Irlanda do Norte, o que lhe permitiu tornar-se o segundo melhor marcador da seleção, com 43 gols, ultrapassando Eusébio, que apontou 41.

Portugal apresentou praticamente o mesmo “onze” que alinhou de início na Irlanda do Norte, tendo o técnico Paulo Bento escolhido Nani para ocupar o lugar de Cristiano Ronaldo, enquanto Hélder Postiga, expulso em Belfast e, por força disso, afastado da importante recepção a Israel, foi substituído por Nelson Oliveira na frente de ataque.

Minuto de silêncio em tributo aos bombeiros mortos no combate aos incêndios deste verão em Portugal. Foto FPF/Francisco Paraíso
Minuto de silêncio em tributo aos bombeiros mortos no combate aos incêndios deste verão em Portugal. Foto FPF/Francisco Paraíso

A derrota com o Brasil surge no dia em que Portugal ficou mais longe do apuramento direto para o Mundial, mas mais perto dos “play-off”, em consequência da vitória da Rússia sobre Israel, por 3-1, que colocou os russos no comando do grupo F de apuramento, mas também “afundou” Israel no terceiro lugar, ainda que, matematicamente, com possibilidade de ultrapassar a “equipe das quinas”.

Coletiva de Imprensa
O técnico Paulo Bento comentou a ausência do Cristiano Ronaldo no jogo. “Não perdemos, naturalmente, este jogo devido à sua ausência. Perdemos porque, em determinados momentos da primeira parte, que é quando verdadeiramente houve jogo, não fizemos muitas coisas que normal costumamos fazer: jogar, quer ofensiva quer defensivamente, com níveis de agressividade mais elevados. A verdade é que, nos momentos em que o conseguimos fazer na primeira parte, criamos três situações de golo e, nas vezes em que tivemos essa oportunidade, não o fizemos da melhor maneira. E, depois, acabamos por o pagar também do ponto de vista defensivo. Estivemos bem posicionados, mas não fomos agressivos sobre o portador da bola, não fomos contundentes em alguns contra-ataques do adversário. E, quando jogas com níveis de agressividade baixos em dois momentos do jogo contra uma equipa como o Brasil, acabas por pagar caro”.

Segundo o português, o que fica é uma vitória justa do Brasil “talvez pelas oportunidades da primeira parte, se fosse pela diferença mínima também se ajustaria. O que fica é que, seja contra quem seja, não jogando com níveis de agressividade elevados torna-se complicado ganhar, ainda mais a uma equipa com a qualidade do Brasil. Agora não sabemos, só o saberemos em outubro, se isto não foi a melhor coisa que nos aconteceu. Vínhamos de um período desde fevereiro, desde o jogo com o Equador, em que não tínhamos perdido, realizando alguns bons jogos, quer de caráter oficial quer de caráter particular, e hoje não fomos tão bons como costumamos ser. Agora, esperemos, e isso é a resposta que temos de dar em outubro no jogo contra Israel, é que isso não nos contagie. Mas isso teremos tempo de abordar depois”.

Por sua vez, o técnico Scolari falou que jogar contra Portugal é difícil pelos laços, mas que o futebol é desenvolvido dessa forma. Para ele, Neymar continua sendo “caçado” pela qualidade dos dribles e comentou sobre a sua equipe do Mundial.

“Confirmar [jogadores] totalmente ainda não, porque faltam quatro jogos este ano e o jogo de março. Depois tem uma série de detalhes que podem fazer eu mudar o pensamento sobre um jogador. Mas, no jogo da Austrália e no de hoje, vi que tem um ou dois jogadores que posso acrescentar naquele grupo de 18 que acho que serão jogadores para a copa do Mundo. Achei que ganhamos, no mínimo, mais dois jogadores”.

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