Portugal concretiza pagamento total do empréstimo ao FMI

Mundo Lusíada
Com agencias

O ministro português das Finanças, Mário Centeno, anunciou esta tarde que Portugal concretiza neste dia 10 o pagamento do total da dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI), com a liquidação de 4,7 mil milhões de euros.

Numa conferência de imprensa no Ministério das Finanças, em Lisboa, Mário Centeno disse que “é concretizado hoje” o pagamento total do empréstimo ao FMI, que ascende a 28 mil milhões de euros, salientando que as poupanças estimadas com o pagamento antecipado do que faltava, de 4,7 mil milhões, totalizam cerca de 100 milhões de euros.

No total, as poupanças acumuladas ao longo dos últimos dois anos serão de 1,16 mil milhões de euros, adiantou Centeno.

O ministro afirmou ainda que o Governo mantém os objetivos para 2018 e 2019 de redução do rácio da dívida no PIB para 121,2% e 118,5%, respectivamente.

Segundo Centeno, “o pagamento antecipado ao FMI melhora a sustentabilidade da dívida portuguesa e, ao mesmo tempo, aumenta a confiança dos investidores na economia portuguesa e otimiza a gestão da dívida pública”.

O Ministro salientou a importância da concretização dos pagamentos antecipados, uma vez que se estava a revelar mais caro “quando comparado com as taxas com que Portugal se está a financiar no mercado”.

“O pagamento antecipado permite poupanças significativas em juros, uma vez que o refinanciamento destes empréstimos a uma taxa mais baixa leva à redução geral dos custos com o financiamento da República”, acrescentou.

Mário Centeno destacou também que “Portugal mantém uma importante almofada de liquidez para enfrentar eventuais turbulências de mercado”, com “reservas que cobrem cerca de 44% das necessidades de financiamento nos próximos 12 meses”.

O reembolso antecipado do empréstimo ao FMI contribui “para um perfil de amortizações mais suave nos próximos anos, tendo em conta a magnitude e a proximidade de picos de refinanciamento, em particular em 2021 e 2022”.

O Ministro reforçou que esta operação é “de enorme importância para a sustentabilidade” das contas públicas. “Não podemos querer investir no futuro se as contas públicas não forem sustentáveis, não podemos querer continuar o processo de recuperação dos rendimentos se as contas públicas não forem sustentáveis”, disse.

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