Porto, Gaia e Matosinhos unidos para atrair investimento empresarial e imobiliário

Da Redação com Lusa

Os municípios do Porto, Gaia e Matosinhos apresentaram hoje a iniciativa “Greater Porto” que pretende atrair investimento no setor industrial, empresarial, imobiliário e de inovação, promovendo o crescimento económico e o emprego qualificado na região.

Os três municípios apresentaram na Expo Real, em Munique, na Alemanha, a iniciativa que visa captar investimento para a região e que culmina no “compromisso político” dos três municípios.

Numa conferência de imprensa conjunta, a presidente da Câmara de Matosinhos, o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia e o vereador da Economia da Câmara do Porto realçaram a necessidade de colocar os três municípios ao “nível” de outras regiões e cidades europeias, assumindo-se como um polo de atratividade.

Em declarações aos jornalistas, a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, destacou que o concelho tem uma “localização privilegiada” em termos de acessibilidade para captar e, consequentemente, fixar novos investimentos, face à proximidade ao aeroporto, porto de Leixões, ferrovia e rodovia.

Luísa Salgueiro adiantou que Matosinhos procura, em particular, investimentos em “setores estruturantes” na área do investimento e desenvolvimento tecnológico, da inovação, do mar e que, simultaneamente, promovam o emprego jovem e qualificado.

“Tudo isso, em função dos postos de trabalho que são criados, também tem uma avaliação diferente do ponto de vista fiscal para o município de Matosinhos”, assegurou a autarca socialista, adiantando ter já reunido, no decorrer da feira, com um fundo luxemburguês interessado em parcelas de terreno junto à Estrada da Circunvalação.

Também o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, salientou a importância desta iniciativa para os três municípios, que, além de território, partilham o movimento pendular “de pessoas e da atividade económica”.

No âmbito desta iniciativa, Eduardo Vítor Rodrigues afirmou que Gaia poderá acolher investimentos de maior escala, mas também “olhar para o futuro a partir do que tem de muito positivo”, como as duas empresas de construção de metalomecânica e mecatrónica ligada à indústria automóvel.

Destacando que um dos benefícios do “Greater Porto” é a “redução da incerteza” para os investidores estrangeiros, em particular ao nível fiscal, burocrático e legal, o presidente da Câmara de Gaia referiu que os municípios “vão ter de se entender” para promover uma “oferta homogénea” ao nível fiscal.

“Os municípios têm hoje um instrumento poderosíssimo do ponto de vista fiscal que é a definição das ARU [Áreas de Reabilitação Urbana], isto faz muito sentido que seja pensado não enquanto Gaia, Porto ou Matosinhos, mas no composto de interdependência que temos de fazer. Esse é o caminho que temos de fazer”, assegurou Eduardo Vítor Rodrigues, adiantando que a presença na feira “não resolve os problemas”, mas é “um passo” na estratégia assumida pelos três municípios.

Já o vereador com o pelouro da Economia da Câmara Municipal do Porto, Ricardo Valente, destacou que a iniciativa “transcende os limites” de cada um dos municípios e permitirá “escalar as mais-valias de cada um”.

“Estamos a construir um projeto que escale territórios e projete territórios além das suas fronteiras”, afirmou o vereador, destacando que, as três cidades representam 52% do investimento direto estrangeiro no país.

“Mais de metade do investimento estrangeiro é feito aqui”, disse, salientando ainda que, nesta iniciativa, o Porto é “a porta de entrada” no território, mas que tanto Gaia, como Matosinhos tem “potencial” que a cidade não tem.

“Estamos a criar mais uma ponte intangível que nos permite vender-nos em conjunto”, acrescentou, dizendo que, em 2021, o Porto teve “mais de um bilião de euros de investimento de empresas na cidade”.

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