E-commerce deve atingir U$ 4,9 trilhões até 2025 na América Latina

Mesmo com crise mundial e alta inflação, e-commerce apresenta crescimento e segue como umas das principais opção de compra dos brasileiros.

Da Redação

O mercado de e-commerce na América Latina segue em crescimento. Foram 139 bilhões de dólares em 2021 com previsão de chegar a 4,9 trilhões em 2025. É o que aponta um minucioso levantamento conduzido pela Magis5, startup que desenvolve soluções para integração com os principais marketplaces e plataformas de e-commerce.

A empresa buscou os dados nos principais players envolvidos no e-commerce da América Latina, como VTEX, Magalu, Mercado Livre e Americanas, com o objetivo de entender a situação atual desse mercado gigantesco e, também, traçar estratégias para ações futuras, já que o foco da empresa é conectar e automatizar a operação dos vendedores dentro desses canais.

O primeiro ponto que chama a atenção foi que ficou claro o crescimento e amadurecimento do comércio eletrônico brasileiro como meio de compras da população, que foi impulsionado com o início e auge da pandemia da covid-19. Após o boom de 2020, apresentou um crescimento um pouco menor se comparado ao ano anterior, especialmente pelo aumento da inflação e crise dos combustíveis, com a guerra da Rússia e Ucrânia, que aumentou o preço dos fretes e teve reflexos nos preços dos produtos também.

“Com a guerra da Ucrânia e a elevação das taxas de juros, os investimentos desaceleraram em todo o mundo, o que pode afetar os resultados dessas grandes empresas no curto e médio prazo com um crescimento mais tímido do e-commerce brasileiro”, diz Vinícius Ribeiro, Head de Marketing da Magis5.

A Magalu apresentou um crescimento de 13% trimestral, com intensa participação do e-commerce. Mesmo após a reabertura das lojas físicas em todo o território brasileiro, que historicamente sempre foi o ponto forte desde o início da empresa, as vendas on-line representam mais de 72% de todas as vendas da empresa, número que até 2020 representava somente 53% de todas as vendas.

Nos últimos 2 anos, a Magalu cresceu cerca de 149% no número de vendas on-line, sendo o principal motor de crescimento acelerado do e-commerce, com 36% das vendas e cerca de 180 mil sellers vendendo de forma legal e formal.

Já a Americanas SA, antiga B2W, apresentou um crescimento no seu GMV de quase 22% e uma receita líquida de R$ 6,8 bi. A principal mudança estratégica da empresa foi o seu fortalecimento logístico, acelerando o tempo de entrega de produtos e permitindo também a compra e retirada nas lojas físicas de maneira mais eficiente, o que levou a um crescimento de 8% na base de clientes ativos.

O Mercado Livre, principal player do e-commerce nacional e a empresa mais valiosa da América Latina, apresentou um crescimento de GMV de 32% em relação ao ano de 2012. Com a ampliação da malha logística e a estratégia de ampliar o portfólio de produtos, a empresa também investiu no fortalecimento da sua fintech Mercado Envios, conseguindo manter resultados consistentes mesmo com a economia mundial não convergindo a favor disso.

Chama a atenção que, apesar do cenário macroeconômico desfavorável, as pessoas passaram a comprar artigos que não eram usuais e que eram adquiridos somente em estabelecimentos físicos. Categorias como farmácia, supermercado, itens básicos de higiene e beleza entraram no rol de produtos cada vez mais presentes, e até mesmo roupas tiveram um crescimento no e-commerce. Só na VTEX, por exemplo, os itens de mercado e mercearia são responsáveis por 12% de todas as vendas na plataforma, sendo a terceira maior categoria, ficando atrás somente de moda e artigos de beleza.

Melhorias para usuário

Com projeção de aumentar o faturamento deste ano em 9,4%, em comparação ao ano passado, passando de R$150,8 bilhões para R$165 bilhões em compras pela internet – segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCCOM), o e-commerce tem como desafio melhorar a experiência de compra dos usuários. Plataformas ágeis – como o iPaaS da Wevo Jitterbit – primeira de integração como serviço (iPaaS) da América Latina – solucionam a questão, decisiva para realização ou cancelamento de uma compra em lojas virtuais.

Para se ter uma ideia, ainda de acordo com a ABCCOM, só no primeiro semestre deste ano, o setor do e-commerce registrou R$73,5 bilhões em vendas, valor 5% maior que o registrado no mesmo período em 2021. Atenta à expansão do e-commerce e aos picos de compras em eventos como Black Friday, Copa do Mundo e Natal, a Wevo Jitterbit criou um iPaaS, que permite a integração de sistemas e pedidos.

Na prática, tudo é automatizado e proporciona maior agilidade na hora de efetuar a compra pela internet, já que a automação diminui o tempo de resposta entre os sistemas envolvidos. Com essa associação, também é possível que os pedidos sejam processados de forma mais rápida, graças a uma integração logística do estoque, o que pode diminuir o tempo de entrega.

“A digitalização vivenciada nos últimos dois anos alavancou as vendas pela internet. Por outro lado, a partir do momento em que os indivíduos entram na plataforma e encontram empecilhos, como dificuldade de navegação, por exemplo, isto pode fazer com que eles desistam de efetuar a compra. O resultado com um iPaaS é uma experiência positiva para quem navega e também para quem trabalha por trás desse sistema”, explica Diogo Lupinari, VP da Wevo Jitterbit na América Latina.

“Com este mercado em franca ascensão, as empresas precisam ficar atentas e cada vez mais melhorar o serviço prestado. O consumidor do e-commerce está muito mais exigente. Na Wevo Jitterbit oferecemos serviços que facilitam a vida dos varejistas para que a experiência dos clientes seja positiva e ele volte a comprar por ali”, explica Lupinari.

A Wevo Jitterbit é a primeira plataforma de integração como serviço (iPaaS) da América Latina. A partir da integração de sistemas, automatização de processos e orquestração de dados, a plataforma é capaz de interligar APIs e sistemas, permitindo a criação de fluxos de integração que eliminam os processos manuais. Em atividade desde 2012, hoje a startup auxilia mais de 125 empresas por todo o mundo para crescerem na era digital.

Datas especiais

A Black Friday de 2022 será realizada no dia 25 de novembro e para muitas marcas esse dia pode representar o melhor dia do ano em termos de vendas e alcance da marca. Embora o dia não tenha sido inicialmente destinado a compras online, parece que os consumidores estão cada vez mais associando a data com compras online.

Em 2021, o faturamento na Black Friday foi de aproximadamente R$5,4 bilhões, através de 7,6 milhões de pedidos, segundo dados da Neotrust.

Existem dois tipos de compradores na Black Friday: aquele que sabe o que quer e busca a melhor economia, e o outro que fica feliz em pesquisar ofertas e buscar inspiração. Para impulsionar as vendas dos ecommerces nesta data, a Aline Haeckel, general manager da ESHOPPER, ferramenta comparativa de mercado que analisa a jornada de compra online (desktop e mobile), destaca quatro principais dicas para os varejos onlines aplicarem e colherem bons frutos no período.

Banner/Pop up com descontos

Ao entrar em um ecommerce em uma data comemorativa o usuário estará em busca de preços e condições especiais de compra. Logo, “presentear” o cliente com desconto no seu primeiro contato com a loja o incentivará a se inscrever e iniciar a navegação já que sabe que terá produtos em promoção.

Customização das páginas

Muitos usuários em datas comemorativas confiam no conteúdo da página inicial para interpretar o tipo de site que acessaram, bem como a diversidade de produtos disponíveis e, principalmente, os descontos que encontram no site.

“É preciso chamar atenção do público, despertando o senso de urgência para presentear alguém especial. Portanto, a comunicação com o cliente deve sugerir compras para essa data, informando o cliente de promoções e vantagens desde o início da navegação. Uma boa forma de se comunicar é usando banner na home, tanto com sugestões de produtos para presentear, quanto com condições especiais para a compra, como descontos”, indica a executiva da ESHOPPER. Além disso, é estratégico criar uma categoria do site com todas as ofertas para aquela data.

Filtros estratégicos para Lista de Produtos

A função primordial de um sistema de filtragem na página de lista de produtos (PLP) é fazer com que o usuário encontre produtos de seu desejo com maior facilidade no site. Em datas comemorativas, a maioria dos usuários buscam produtos para presentear e ofertas especiais.

Desconto para os clientes saindo do site (exit intent pop up )

Uma ferramenta que pode ser explorada por ecommerces para aumentar o engajamento no site e diminuir abandono é a implementação de exit intent pop up. Essa implementação consiste em utilizar pop ups anunciando diferentes tipos de ofertas e descontos para incentivar o usuário a permanecer no site. Normalmente esses pop ups são utilizados quando o site identifica que o cliente está prestes a sair do site.

“São muitos os aspectos que impactam na jornada de compra do usuário e podem influenciar diretamente nos resultados da sua loja. Nesse momento e de forma geral, é fundamental pensar na operação da loja sempre colocando o cliente no centro, pensando em como atender às necessidades dele e entregar a melhor experiência de compra possível. Isso reflete na satisfação, fideliza os clientes e aumenta a conversão. Por isso é importante sempre estar atento às melhores práticas focadas em quem mais importa: o usuário, completa a General Manager.

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