Associação portuguesa quer conhecer consumidor de luxo em Portugal

Da Redação com Lusa

A Laurel – Associação Portuguesa de Marcas de Excelência, vai avançar em 2023 com a realização de um estudo para conhecer o perfil do consumidor de bens de luxo em Portugal.

“Se queremos fazer um trabalho sério sobre as marcas portuguesas e o mercado de luxo, temos que saber aonde é que estamos e para onde queremos ir”, disse à Lusa, Francisco Carvalheira, secretário-geral da Laurel.

Segundo o mesmo responsável, o trabalho de campo irá demorar entre seis e oito meses e vai envolver as marcas portuguesas, uma empresa de estudos de mercado e as universidades.

“Isto vai ser de uma mais-valia incrível, porque vai dar a Portugal e às marcas que querem vir para Portugal uma informação sobre a realidade do mercado de luxo nacional”, afirmou.

Além dos cidadãos portugueses que consomem “luxo e excelência”, o estudo do “cliente afluente português” irá ter como alvos os estrangeiros residentes em Portugal, que segundo o mesmo responsável, “são uma fatia na ordem de quase dois milhões de pessoas e que têm uma grande capacidade aquisitiva” e os turistas estrangeiros.

Francisco Carvalheira falava à Lusa à margem de um seminário organizado pela Laurel que decorreu em Ílhavo, no distrito de Aveiro, sobre “Luxury Hospitality” e que teve como orador Mark Britton Jones, professor no Glion Institute of Higher Education, uma escola especializada em hospitalidade e gestão de luxo com campus na Suíça e Londres.

O gestor que tem estado ligado à aviação executiva acredita que dentro de 10 anos Portugal pode ser reconhecido pela sua qualidade e luxo, mas diz que é preciso “deixar de ter a mentalidade de negociar tudo pelo ‘low pricing’”.

“Nós temos 900 anos de existência e temos um ‘know how’ fantástico em várias matérias, mas cobramos pouco pelo nosso saber fazer”, afirmou o secretário-geral da Laurel.

Francisco Carvalheira deu como exemplo o que aconteceu com a indústria do calçado português que se soube posicionar no mercado internacional, lembrando que “há 30 anos, os nossos sapatos competiam com os sapatos chineses e, hoje, o calçado português consegue rivalizar com o calçado italiano”.

Constituída formalmente no início de 2020, a Laurel conta atualmente com 32 marcas portuguesas.

Recentemente, a associação, que pretende ser “o farol da excelência do que se faz em Portugal”, passou a integrar a Aliança Europeia das Indústrias Culturais e Criativas (ECCIA).

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