Da Redação
Levar para casa um pouco da arte exposta é um ritual incontornável para os inúmeros visitantes que anualmente se deslocam a espaços como o Museu D’Orsay, em Paris, o Museu do Prado, em Madrid, ou a Royal Academy of Arts, em Londres.
O que muitos visitantes não sabem é que, entre as lembranças disponíveis, várias têm assinatura portuguesa, sendo desenhadas e produzidas em Portugal.
Seja através de colaborações permanentes ou pontuais, as empresas UNKNOWNDesign e Artwear deram o salto do merchandising cultural de instituições nacionais de referência, como o Museu Fundacao Oriente e a Fundacao Calouste Gulbenkian, para museus europeus como o Thyssen-Bornemisza e o Belvedere.
Criadora de merchandising de arte desde 1998, o trabalho da Artwear chamou a atenção dos museus internacionais em 2012. Atualmente, de acordo com Duarte Lukas, 70% do trabalho da empresa destina-se a instituicoes estrangeiras.
Lukas, que partilha as funções de diretor geral com Luis Pilar, acredita que o sucesso da marca junto dos museus se justifica pela qualidade do design e produto final. Produtora de uma vasta gama de pecas, de camisetas, chaveiros, canecas a capas de iPads, mochilas e leques, o responsável defende que o merchandising da Artwear se distingue por um profundo conhecimento das tendências de compra nos museus, bem como dos materiais e formatos que apresenta.
Criada em 2009 com o proposito de divulgar o patrimônio português, em 2010 a empresa foi contatada pelo Museu Thyssen-Bornmisza, que se interessou pelo formato pouco tradicional dos leques feitos para o Museu Calouste Gulbenkian.
Isabel Penha Garcia, coordenadora de projetcos da UNKNOWNDesign, nao duvida que os principais trunfos da empresa são “a criatividade e a excelencia do design” de Joao Machado, responsável por todas as criações da marca, aliadas a sua própria paixão pelos museus e pelo estudo dos seus acervos.
Defendendo que “o merchandising é um veículo por excelência da divulgação do patrimônio cultural, Isabel Penha Garcia alerta que quando se trabalha com imagens do patrimônio, o rigor no seu tratamento é sagrado, não há margem para o erro ou a deturpação. E é com este cuidado rigoroso que todos os leques, echarpes, difusores e perfumes de ambiente, candeeiros, entre muitas outras pecas, 20% dos quais destinados a exportação, são personalizados à medida de cada exposição ou museu.
Com um interesse crescente por parte dos museus internacionais, ambas as empresas estão atualmente em negociações para a formação de novas parcerias, de acordo com a Aicep.