Museu do Dinheiro em Lisboa é o Museu Português do Ano 2017

Mundo Lusíada
Com Lusa

O Museu do Dinheiro, em Lisboa, foi distinguido com o Prêmio Museu Português do ano 2017, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM).

O Museu do Calçado, em São João da Madeira, o Museu Marítimo de Sesimbra e o Museu de Vista Alegre, em Ílhavo, também estavam nomeados para o prémio Museu do Ano e receberam menções honrosas.

A cerimônia de anúncio dos premiados decorreu no Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, com a presença de João Neto, presidente da APOM, tendo o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, António Tavares, sido convidado a testemunhar o impacto do prêmio de Museu do Ano recebido do ano passado pelo Museu da Misericórdia do Porto (MMIPO), ‘ex-aequo’ com o Museu de Leiria.

O Prêmio Museu Português do Ano é uma das principais distinções atribuídas pela APOM, num total de 17 categorias a concurso, que distinguem, entre outras áreas, a melhor intervenção e restauro, o melhor catálogo, a melhor exposição, mecenato e projeto museográfico.

Inaugurado em abril de 2016 na Baixa Pombalina de Lisboa, o Museu do Dinheiro possui uma mostra permanente de 1.200 objetos e experiências interativas como a cunhagem de moedas ou a estampagem de notas com o rosto do visitante.

A museografia é da autoria do Ateliê Providência Design e foi desenvolvida com a equipa do Banco de Portugal, assentando em núcleos temáticos que focam os artigos-padrão, o dinheiro no mundo e a sua história ao longo dos séculos, o fabrico da nota e da moeda, e ainda testemunhos pessoais sobre o papel do dinheiro na vida quotidiana.

Tutelado pelo Banco de Portugal, o novo museu, que demorou quase cinco anos a estar concluído, funciona com entrada gratuita de quarta-feira a sábado, das 10:00 as 18:00, permitindo aos visitantes conhecer o espaço que conta a história do dinheiro e da sua relação com o homem.

A APOM, entidade dedicada à museologia, atribui os prêmios anualmente, desde 1997, a museus, projetos, profissionais e atividades desenvolvidas no setor. Os prêmios são referentes ao ano anterior à atribuição.

Em 2015, o vencedor de Melhor Museu Português foi o Centro de Ciência do Café, em Campo Maior, e, em 2014, venceu o Museu do Benfica – Cosme Damião, em Lisboa.

Gestão
O ministro português da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, anunciou que está a ser analisada uma proposta legislativa que estabeleça um novo modelo de gestão dos museus, palácios e monumentos nacionais para lhes dar mais autonomia.

Num discurso lido na cerimônia de entrega dos prêmios, o ministro referiu que “é importante sublinhar que esta ação reformadora irá ser suportada por uma eficaz e inovadora política museológica, definida à escala nacional, regional e local, no respeito pela normativa que estiver em vigor, cuja concretização, nos diversos níveis da administração e nas diferentes tutelas, deverá ser atentamente fiscalizada por organismos competentes”.

“Procurando dar cumprimento a um dos pontos do programa do Governo, estamos a estudar – e será proposta legislação de reforma adequada – a implementação de um novo modelo de gestão dos museus, palácios e monumentos nacionais que lhes confirma mais autonomia”, indicou o ministro, de acordo com o discurso lido pela diretora do Museu Nacional de Soares dos Reis, Maria João Vasconcelos, face à ausência do governante da cerimônia.

O Governo reafirma assim “a inequívoca vontade de encontrar novos mecanismos e novas estruturas de gestão das políticas e dos equipamentos, que revelem maior proximidade com os cidadãos e com a sociedade civil”.

Entrada gratuita
Ainda, as entradas nos museus, palácios e monumentos nacionais voltam a ser gratuitas a partir de 02 de julho, data em que será reposta uma gratuitidade que tinha sido suspensa em 2014, pelo anterior Governo.

O regresso das entradas gratuitas nestes espaços culturais aos domingos, até às 14h, passa a vigorar a partir de julho, como tinha anunciado, no início do mês, no parlamento, o ministro da Cultura.

Quando a medida foi suspensa, em 2014, as entradas passaram a ser gratuitas apenas no primeiro domingo de cada mês, durante todo o dia, e a Direção-Geral do Património Cultural criou um bilhete destinado às famílias numerosas.

No domingo, a data do regresso da gratuitidade será assinalada por uma visita do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, ao Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra. Será também apresentada a obra “Museu Nacional Machado de Castro 100 anos/100 obras”, do poeta João Miguel Fernandes Jorge, com prefácio do ministro da Cultura.

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