Cinco artistas portugueses participam da Bienal de Artes São Paulo 2016

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Da Redação

Os artistas portugueses Carla Filipe, Gabriel Abrantes, Lourdes Castro, Priscila Fernandes e Grada Kilomba estão na 32ª Bienal de Artes de São Paulo, no Brasil, que abriu dia 10 de setembro, com mais de 20 mil visitantes no primeiro dia.

A representação de Portugal, que tinha sido anunciada no final de 2015 pela Direção-Geral das Artes (DGArtes), inclui agora mais uma criadora portuguesa, Grada Kilomba, escritora, ‘performer’ e artista interdisciplinar.

A representação portuguesa na Bienal de São Paulo, de 10 de setembro a 11 de dezembro, no Parque de Ibirapuera, inclui ainda meia centena de artistas portugueses, no total são 340 obras de 81 artistas e coletivos de 33 países, e a primeira da Bienal com maioria de artistas mulheres.

Este é, segundo o gabinete do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, “o maior contingente estrangeiro presente nesta edição da bienal”, intitulada “Incerteza Viva”, com curadoria geral de Jochen Volz e Lars Bang Larsen.

Em julho do ano passado, os curadores visitaram ‘ateliers’, exposições e galerias portuguesas para selecionar um grupo de artistas de Portugal.

Grada Kilomba é uma escritora e artista interdisciplinar portuguesa, com ascendência são tomense e angolana, e a sua produção baseia-se em questões de memoria, trauma, raça, gênero, e pós-colonialismo, traduzido em vários idiomas em antologias internacionais e encenada internacionalmente.

Nascida em Lisboa, em 1973, Carla Filipe tem vindo a realizar um trabalho de arqueologia das questões e formas de vida que se alteraram na modernidade e, como suporte, utiliza o desenho, o objeto, a palavra e a instalação.

Entre outras exposições, apresentou, no início de 2015, no Museu Coleção Berardo, “Carla Filipe da cauda à cabeça”, que explorava as questões da paisagem, a geografia e o território nacionais.

Gabriel Abrantes nasceu em 1984 em Chapel Hill, Carolina do Norte (EUA), estudou cinema e artes plásticas na Cooper Union for the Advancement of Science and Art, em Nova Iorque, e o seu trabalho tem sido desenvolvido nas áreas do cinema e instalação de artes visuais.

Expõe a título individual desde 2006, na Galeria 111 de Lisboa e do Porto, e na Houghton Gallery, em Nova Iorque, e venceu o Prémio EDP Novos Artistas em 2009.

A artista Lourdes Castro, nascida no Funchal, em 1930, é, entre os quatro artistas, o nome mais consagrado em Portugal, e retirou-se da vida artística intensa nos anos 1980, regressando à Madeira, em 1983, depois de 25 anos em Paris.

Estudou Belas Artes e, em Paris, publicou com um grupo de artistas a revista/movimento “KWY: Da abstração lírica à nova figuração”, com as três letras que não existiam no alfabeto português.

Ao longo da carreira apresentou exposições individuais em Portugal, na Alemanha, na Holanda, na República Checa, em França, no Brasil, no Reino Unido e em Espanha.

Nascida em Coimbra, em 1981, Priscila Fernandes, distinguida em 2011 com o Prêmio EDP Novos Artistas, usa no seu trabalho uma grande densidade e complexidade de linguagens.

A artista estudou inicialmente na Escola de Belas Artes do Porto e continuou os estudos em pintura no National College of Art and Design, em Dublin, na República da Irlanda, e na Willem de Kooning Academy da Universidade de Roterdão, na Holanda.

Paralelamente à Bienal, os cinco artistas exibiram no Consulado Geral de Portugal em São Paulo outras obras e projetos desenvolvidos especialmente para o contexto. No dia 7 de setembro, eles abriram a exposição “O Futuro Será uma Réplica”, em cartaz entre 8 de setembro e 11 de dezembro, de forma gratuita. O evento de abertura contou também com a presença do Ministro da Cultura de Portugal, Luís Filipe Castro Mendes.

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