FAO destaca progressos para o fim da fome em países lusófonos

Da Redação
Com agencias

Foto: Banco Mundial
Foto: Banco Mundial

Os países lusófonos vem dando passos muito significativos para erradicar a fome, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.

O representante da agência junto à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, disse à Rádio ONU que os Estados-membros devem dar atenção à diferença de necessidades entre as populações das áreas urbanas e rurais, segundo Hélder Muteia.

“Vemos que alguns países como Angola, por exemplo, deu passos muito sólidos ao reduzir cerca de 77.6%. São Tomé e Príncipe 71.2% e Moçambique 55%. Portanto, os países estão a reduzir significativamente.”

A FAO e a Cplp implementam uma estratégia de segurança alimentar e nutricional desde 2013, que prevê erradicar fome no bloco com 22 milhões de afetados pelo problema.

A iniciativa destaca atividades nacionais, regionais e globais. Entretanto, Muteia chamou a atenção para o impacto da instabilidade política sobre os esforços dos países.

“A Guiné-Bissau reduziu, desde 1990-92, em apenas 10% e o número de pessoas que passam fome aumentou. São dois dados diferentes uma coisa é a percentagem e a outra é o número de pessoas que passam fome. Na Guiné-Bissau nós conhecemos também os motivos, a instabilidade política que existe neste país. No computo geral, nos países da Cplp houve melhorias significativas.”

O representante também mencionou a prestação positiva do Brasil nas ações de combate à fome nos últimos 15 anos. O país lidera os casos de sucesso da comunidade.

“O Brasil, por exemplo, conseguiu reduzir a incidência da fome para menos de 5%. O valor equivale ao índice que tivemos nos países mais desenvolvidos. Portanto o Brasil, através de políticas públicas e de uma intervenção concreta não só do setor público mas do setor privado e das associações, conseguiu alcançar este patamar que vale a pena referenciar. Estamos no bom caminho e é preciso continuarmos com o mesmo vigor e com a mesma força e, se possível, até acelerarmos o passo.”

O plano conjunto cobre a criação e o reforço de Conselhos para Segurança Alimentar e Nutricional, no bloco com cerca de 250 milhões de pessoas.

A iniciativa envolve a coordenação das partes para executar a estratégia em parceria com organizações de vários setores, incluindo a sociedade civil.

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