CPLP intensifica relações na área de turismo e cooperação técnica

Mundo Lusíada Com agencias

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>> Paulo Machado (ICEP Portugal), Luiz Barretto, ministro de Turismo do Brasil, e Bernardo Trindade, secretário de Estado do Turismo de Portugal.

O secretário de estado do Turismo de Portugal, Bernardo Trindade, presidiu dia 25 de maio, em São Paulo, a VI reunião de ministros do Turismo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), organizada pelo Ministério do Turismo do Brasil. Os trabalhos foram abertos com a presença do Ministro brasileiro de Turismo, Luiz Barretto.

Representantes dos oito países que integram a CPLP acompanharam o evento, realizado no Holiday Inn Parque Anhembi, e definiram algumas metas para o próximo encontro, que ocorre daqui a dois anos em Moçambique.

O grupo reconheceu que a diversidade econômica e social existente entre os Estados membros da CPLP deve ser vista como importante oportunidade para troca de informações e conhecimentos. Eles também apontaram a importância do Turismo para o desenvolvimento sustentável de seus países por se tratar de setor que requer o uso intensivo de mão de obra, gerando emprego, renda e, consequentemente, contribuindo para a redução da pobreza. Um dos compromissos assumidos durante o encontro foi criar e prover conteúdo, dentro do portal da CPLP, com o objetivo de trocar informações nas áreas de promoção turística, oportunidades de investimento e formação profissional.

O evento, que contou com participação de um representante da Organização Mundial do Turismo (OMT), deve intensificar as relações na área de turismo e na cooperação técnica, política e econômica para contribuir com a maior inclusão social dos países membros. Participaram da reunião representantes do Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Brasileiro é muito representativo Segundo o secretário de estado do Turismo de Portugal, Bernardo Trindade, o turista brasileiro é hoje muito representativo para Portugal. “O Brasil passou a ser o quinto maior mercado gerador de receitas turísticas para Portugal e representa um segmento de alto poder de consumo com permanência acima da média internacional – 5,3 pernoites contra 3,7 da média internacional”, declarou.

Dados estatísticos do governo português indicam que o Brasil foi o quinto maior emissor de turistas para o país, no primeiro bimestre deste ano. Os gastos dos brasileiros aumentaram 72,9%, o equivalente a 44,4 milhões de euros. O número de turistas brasileiros que viajaram para Portugal, nesse período, cresceu 20,3% (220.356 pessoas) e a maior parte saiu de São Paulo (44.539 pessoas).

Os principais geradores de receitas turísticas no início de 2010 para Portugal foram o Reino Unido, com € 130,66 milhões; Espanha, com € 116,59 milhões; França, com € 112,05 milhões; Alemanha, com € 83,36 milhões, e Brasil, com € 44,49 milhões. No ano passado, Portugal recebeu 585,4 mil viajantes do Brasil, que tiveram um dispêndio da ordem de € 194,7 milhões de euros em território português.

Queda de 17% de portugueses Já o ministro brasileiro do Turismo, Luiz Barretto, destacou a política governamental de aproximação ao continente africano e em especial aos países africanos de língua portuguesa.

De acordo com Luiz Barretto, o Brasil tem um olhar voltado para a África e colabora com a melhoria das condições sociais, culturais e comerciais – incluindo o turismo – do continente. A ampliação das relações com esses países, acrescentou, é uma das prioridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Luiz Barretto, o turismo brasileiro deve crescer mais de 10% neste ano e recuperar a perda no ingresso de estrangeiros, que chegou a cair 4,9% em 2009.

Da Europa, maior emissor de turistas, houve queda de 17,4% na vinda de portuguesas e de 13,8%, de espanhóis. No primeiro trimestre deste ano, o movimento já aumentou em 15% e, se essa média for mantida, o ministro acredita na possibilidade de um recorde com um movimento de US$ 6 bilhões.

O aquecimento das viagens no mercado interno deve continuar compensando eventuais baixas na área da Península Ibérica e há a intenção de continuar explorando novos nichos com promoções divulgadas tanto na América do Sul quanto no Norte dos Estados Unidos.

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