Brasil defende mais bolsas de estudo para universitários da África lusófona

Durante o lançamento na ONU da iniciativa “Educação em Primeiro Lugar”, ministro Aloizio Mercadante falou sobre investimento em setores que envolvam a ciência, tecnologia e inovação num cenário pós-crise.

 

Por Eleuterio Guevane
Rádio ONU em Nova York

O Brasil espera que Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação Ciência e Cultura aumente o número de bolsas de estudo para universitários dos  países de língua portuguesa.

A afirmação é do ministro da Educação do Brasil, Aloizio Mercadante. Ele falou com a Rádio ONU, em Nova York, após o lançamento da iniciativa “Educação em Primeiro Lugar”.

“Estamos fazendo um programa de intercâmbio através da Organização dos Estados Ibero-Americanos, onde só participava a América Latina, Espanha e Portugal. Os países africanos de língua portuguesa não participavam dessa estrutura criada em 1948. Assumimos agora a presidência e defendemos na última reunião que todos os países de língua portuguesa devem ser incorporados na organização dos Estados. Nós temos um programa de intercâmbio chamado Pablo Neruda, que queremos expandir para a África Portuguesa.”

No evento na ONU, o ministro Mercadante defendeu ainda a importância do investimento em setores que envolvem a ciência, a tecnologia e a inovação,  num cenário pós-crise.

Cooperação

Para o Brasil, a experiência adquirida pelo país mostrou resultados que “geram mais valor agregado e empregos qualificados”. Para o ministro da Educação, a África e a América Latina  podem se beneficiar para que “deixem de ser “produtores de matérias-primas e de bens básicos”.

“A crise exige mais educação e não menos. Precisamos buscar ser mais solidários uns com os outros; cooperação na área científica, educacional,  tecnológica; mais programas de bolsas de estudo e de intercâmbio. E como dizia Fernando Pessoa, ‘minha língua é a minha pátria’. Espero que falando para tantos que nos ouvem em português, que a gente possa trabalhar junto no sentido de buscar essa parceria e esse investimento em educação, ciência e tecnologia.”

Aloizio Mercadante lembrou ainda a criação no Brasil das universidades Unilab, só para estudantes do continente africano.

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