Antonio Guterres espera que Brasil contribua para entendimento entre grandes potências

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Mundo Lusíada
Com agencias

Eleito secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o português António Guterres disse dia 31, ao presidente brasileiro Michel Temer, que o Brasil demonstra ao mundo a importância do respeito aos direitos humanos. Em 28 de outubro, o Brasil foi eleito para o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

Segundo Guterres, o País pode ser importante num momento em que o mundo caminha para a multipolaridade, de forma a demonstrar a universalidade desses direitos e ressaltar a importância do diálogo. Guterres veio ao Brasil para participar da reunião da XI Conferência da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, juntamente com o presidente português Marcelo Rebelo de Sousa.

“É fundamental que o Brasil possa ter um papel muito importante nas relações internacionais como país que é do grupo dos grandes países dos chamados BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul]”, disse António Guterres

Recebido em Brasília por Michel Temer no Palácio do Planalto, Guterres foi eleito para o cargo de secretário-geral da ONU, que assumirá em 1º de janeiro de 2017, no lugar de Ban Ki-moon.

O antigo primeiro-ministro português disse esperar que o Brasil “possa, ao mesmo tempo, ser um fator de entendimento entre aquelas grandes potências que hoje têm muitas formas de desconfiança a minar as suas relações”, frisando que importa que “países como Brasil possam ajudar a favorecer o entendimento entre elas”.

Sobre o encontro com Temer, Guterres disse que decorreu “naturalmente com o maior interesse”. António Guterres foi ainda questionado sobre se no encontro com Michel Temer falaram das pretensões brasileiras para ocupar um lugar no Conselho de Segurança da ONU, mas não respondeu.

O encontro decorreu antes da XI Conferência dos chefes de Estado e de Governo da CPLP, na qual Guterres vai participar, com uma intervenção na sessão solene de abertura.

Começou
O encontro começou nesta tarde e Portugal é o único país representado, como habitualmente, pelo primeiro-ministro, António Costa, que chegou ao edifício pouco depois das 15:30 locais e pelo Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, que deu um abraço prolongado ao ministro das Relações Exteriores brasileiro, José Serra.

O primeiro mandatário a chegar à sede do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, pelas 15:00, foi o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, que se reuniu com o Presidente brasileiro, Michel Temer.

A Guiné-Bissau apenas enviou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Soares Bambú, já que o Presidente, José Mário Vaz, optou por continuar no país para prosseguir as consultas políticas para indicar um primeiro-ministro.

Moçambique também enviou apenas o chefe da diplomacia, Oldemiro Baloi, em representação do Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

Timor-Leste, que termina agora a presidência da comunidade, participa na cimeira com o Presidente, Taur Matan Ruak. Também São Tomé e Príncipe está representado pelo chefe de Estado, Evaristo Carvalho.

Cabo Verde é representado, igualmente, pelo Presidente, Jorge Carlos Fonseca, enquanto o vice-presidente angolano, Manuel Vicente, marca presença por Luanda.

Os chefes de Estado e de Governo fizeram, pelas 16:00 locais (menos duas que em Lisboa) a fotografia de família, com a presença, também, do secretário-geral eleito das Nações Unidas, António Guterres, que participa na conferência a convite do Presidente brasileiro.

Na fotografia, participou também o secretário-executivo, Murade Murargy, que cessará funções e deverá ser sucedido pela são-tomense Maria do Carmo Silveira.

A cimeira é subordinada ao lema “A CPLP e a Agenda 2030 Para o Desenvolvimento Sustentável”. Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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