Número de desempregados em Portugal aproxima-se do meio milhão

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego em Portugal aumentou 17,7 %, em Fevereiro, face ao mesmo mês de 2008. O total de desempregados aproxima-se do meio milhão.

Da Redação Portugal Digital

A crise econômica mundial está a ter forte impacto em Portugal onde o número de desempregados tem vindo a crescer rapidamente.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego em Portugal aumentou 17,7 %, em Fevereiro, face ao mesmo mês de 2008, o que representa a maior subida desde Dezembro de 2003.

Nos dois primeiros meses deste ano, o número de novos desempregados já supera os 53 mil, de acordo com dados divulgados na segunda-feira 23 de março pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

No final do mês de Fevereiro de 2009, estavam registados, nos Centros de Emprego do Continente e Regiões Autônomas, 469.299 desempregados.

Este valor representa mais 21.333 desempregados face ao número registrado no final de Janeiro e mais 53.294 do que o número de desempregados no fim de 2008, quando estavam registados 416.005 desempregados.

O aumento do desemprego verificou-se em ambos os gêneros, mantendo os homens um acréscimo percentual mais acentuado, com um aumento homólogo de 30,7%.

Todos os níveis de habilitação escolar apresentavam em Fevereiro mais desempregados do que há um ano. Os que possuíam o 2º e 3º ciclos do ensino básico tiveram os aumentos percentuais mais elevados, respectivamente +25,4% e +24,2%. Já os habilitados com um nível superior de instrução totalizaram 40 915 registos, tendo apresentado um aumento de 5,3% comparativamente a Fevereiro de 2008.

Quase dois terços dos inscritos nos centros de emprego não têm trabalho há menos de um ano, com o desemprego de longa duração a afetar 32,4% do total.

Os dados regionais mostram o aumento do desemprego em todas as regiões de Portugal. As regiões Centro, Alentejo, Algarve e Madeira registraram acréscimos anuais superiores à média do país (+17,7%), com destaque para o Algarve, região turística no sul de Portugal, onde o desemprego cresceu 40,5%.

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