Novo balanço confirma 13 casos de coronavírus em Portugal

[ Atualizada às 17h ]

Da Redação

A ministra da Saúde de Portugal confirmou aos jornalistas que o país tem novos “três casos no centro hospitalar de São João”, no Porto, e “um caso no centro hospital de Lisboa Central” Curry Cabral. Ao todo, Portugal tem 13 casos confirmados de Covid-19.

Segundo o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado pela DGS, o número total de casos suspeitos é de 181 desde o início do ano, entre os quais 30 casos que se encontram a aguardar resultados dos exames laboratoriais.

Apesar do anúncio de novos quatro casos, a ministra confirmou que Portugal se vai manter em “fase de contenção alargada”. Ao todo, são oito casos no Porto, um em Coimbra e quatro em Lisboa. Do total de casos, cinco são importados: um de Espanha e quatro de Itália. Nove são homens.

“Continuamos com uma identificação da ligação epidemiológica dos casos […], o que nos permite identificar a existência de casos e nos permite ter confiança de não haver ainda transmissão livre na comunidade”, apontou a ministra da Saúde.

A ministra portuguesa da Saúde também esteve presente na reunião em Bruxelas que juntou os ministros de saúde da UE e refere que tudo o que foi falado é “no sentido da continuidade do reforço de medidas de proteção”.

Os novos dados mostram que o coronavírus já infectou mais de 100 mil pessoas – sendo que mais do que 55 mil já recuperaram – e matou mais de 3.300 pessoas. Os casos do novo coronavírus subiram para 345 na Espanha, onde já morreram cinco pessoas.

Lição da Itália

Portugal e os outros Estados-membros da UE tiraram lições da “experiência de gestão da crise” do novo coronavírus em Itália, país mais afetado no espaço comunitário, segundo o chefe da diplomacia portuguesa.

Numa altura em que já existem cerca de 5.400 casos de Covid-19 na UE, dos quais 3.858 registrados em Itália, o surto foi abordado no Conselho de Negócios Estrangeiros que decorreu na capital croata, em Zagreb, indicou à agência Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

“O ministro italiano deu-nos uma informação muito precisa sobre o esforço que Itália está a fazer para conter o vírus, sobre a dimensão da situação em Itália e também sobre as lições que a experiência de gestão da crise em Itália podem trazer para os restantes Estados-membros”, precisou o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.

“Praticamente todos os nós estamos hoje confrontados com essa epidemia e todos nós devemos aprender uns com os outros na gestão dessa epidemia”, sustentou.

Na Itália, o Estado-membro da UE mais afetado, verificaram-se já 148 mortes, de acordo com dados divulgados pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.

Questionado pela Lusa se os ministros dos Negócios Estrangeiros adotaram alguns cuidados especiais devido ao Covid-19, Augusto Santos Silva notou que os chefes da diplomacia europeia optaram pela “sensatez”.

“Temos as nossas autoridades de saúde a fazer recomendações, nós próprios fazemos recomendações aos nossos concidadãos e, portanto, o que eu digo é sempre a mesma coisa: eu cumpro as recomendações que eu próprio faço”, referiu.

Sobre as recomendações da tutela aos portugueses fora do país, Augusto Santos Silva recordou que o Governo “recomenda vivamente” que “não se façam visitas de estudo ou excursões de crianças e jovens para Itália, seguindo a recomendação das próprias entidades italianas, e que quem se esteja a deslocar para ou em Itália siga, escrupulosamente, as informações e as orientações das entidades italianas”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros pede, também, “que se evitem deslocações não essenciais que as pessoas queiram fazer”, apontou.

O governante adiantou que, para já, o Governo não tem conhecimento de “nenhum outro caso” de portugueses infectados pelo Covid-19 fora do país, além dos dois que foram detectados num cruzeiro no Japão. Destes últimos, um dos homens já teve alta hospitalar e o outro pediu privacidade.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

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