Intercâmbio cultural une Brasil e Portugal

 

Por Ígor Lopes De Portugal

Foto: Ígor Lopes

“Aproximar a cultura dos dois países” foi o objectivo do III Intercâmbio Brasil-Portugal. O evento realizou-se no sábado, nas instalações da Casa-Museu Maria da Fontinha, em Além do Rio, no concelho de Castro Daire. A iniciativa surge de uma parceria entre a Casa-Museu e a Academia de Letras e Artes de Paranapuã (ALAP), do Rio de Janeiro.

Segundo Arménio Vasconcelos, director-fundador da Casa-Museu, “esse intercâmbio é essencial, na medida em que se está a trilhar um caminho de aproximação firme em relação a cultura de ambos os países”. “É preciso transformar as palavras em actos, com o intuito de defender as ligações culturais que temos”, defende este responsável.

Por seu turno, a presidente da ALAP, Eliane Dantas, recorda que, desde 2003, essa parceria tem dado bons frutos.

“Todas as actividades que desempenhamos, tanto no Brasil como em Portugal, são em prol da cultura lusófona”, afirma.

Durante a cerimónia, foram homenageadas algumas personalidades ligadas à região, tais como Adélio Amaro (editor e jornalista), Aires dos Santos (artista plástico), Cristina Correia (escritora e jornalista), Ígor Lopes (jornalista do Diário de Viseu), João Dias Borges (procurador da República), João Manuel Oliveira (docente e jornalista), Noémia Travassos (artista plástica), Norberto Gomes da Costa (historiador), Nelson Luís Augusto (artista plástico) e Raquel Gralheiro (professora e artistas plástica).

A sessão contou ainda com o acender da chama sagrada, a execução dos hinos do Brasil e de Portugal, além de momentos de poesia e música e, ainda, a entrega de medalhas e diplomas aos homenageados. Durante o dia, foi realizado uma visita a vários Pólos do Museu Territorial do Vale do Paiva e Serras.

“Decidimos galardoar algumas pessoas ligadas à cultura de uma forma geral. Todas esses cidadãos contribuem para a divulgação da cultura de toda a comunidade lusófona. São pessoas que amam a cultura”, completa Eliane Dantas.

Para Arménio Vasconcelos, este tipo de evento contribui para a entrada cada vez mais forte da cultura brasileira em Portugal e vice-versa. “Posso dizer que temos na Casa-Museu cerca de 300 artistas plásticos brasileiros representados, o que significa o maior acervo de obras do Brasil fora do território brasileiro”, assegura Arménio Vasconcelos.

Para já fica a promessa de um novo intercâmbio cultural para daqui a dois anos, sendo extensivo também aos Açores.

A Casa-Museu Maria da Fontinha dispõem de mais de cinco mil peças de arte, onde mais de duas mil são de pintura e as demais são de outros ramos da cultura, predominando a vertente regional. Inaugurada a 5 de Agosto de 1984, e a preservar a entrada franca, a Casa-Museu repousa no lugar onde viveu Maria Fontinha, avó de Arménio Vasconcelos, sendo hoje, segundo os seus visitantes, um importante pólo cultural na região e no País.

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