Coordenação apela para vacinação de todos os migrantes, regularizados ou não

Da Redação com Lusa

A coordenação do processo de vacinação contra a covid-19 em Portugal – ‘task-force’ – apelou hoje a todos os migrantes que ainda não foram vacinados, para o fazerem, independentemente da regularização da sua situação de permanência em Portugal.

Em comunicado, a ‘task-force’ que coordena o processo de vacinação explica que para acederem à vacina os migrantes precisam apenas de serem “detentores de um documento válido que os permita identificar”.

“Todos os centros de vacinação estão na modalidade de «casa aberta», sem restrições ao local de residência. Nesta fase, os horários da modalidade Casa Aberta coincidem com os horários de abertura dos respetivos Centros de Vacinação”, adianta a ‘task-force’.

Segundo o comunicado, “esta possibilidade decorre do muito positivo processo de vacinação contra a covid-19 em Portugal, de que resulta uma maior disponibilidade nos vários centros de vacinação abertos”.

A covid-19 provocou pelo menos 4.565.622 mortes em todo o mundo, entre mais de 220,65 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.810 pessoas e foram contabilizados 1.047.710 casos de infecção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

85% vacinados

Portugal atingiu no domingo 85% da população com uma dose da vacina contra a covid-19, anunciou a diretora-geral da Saúde, ao adiantar que estão previstos três cenários de resposta face à evolução da pandemia nos próximos meses.

“Hoje é um dia importante para todos nós. 85% da população portuguesa tem uma dose da vacina e esse é um resultado que devemos todos, enquanto povo, estar bastante orgulhosos”, salientou Graça Freitas na SIC Notícias.

Segundo a responsável da Direção-Geral da Saúde (DGS), “há sempre algum cuidado em encarar o outono e o inverno”, estações de “grande stress em termos da saúde”, devido à circulação de vírus respiratórios, mas salientou que, este ano, ao contrário do que aconteceu em 2020, a maior parte da população vai estar imunizada.

De acordo com Graça Freitas, o “bom cenário” prevê que se mantenha a atual “tendência estável e decrescente” da pandemia, em que a variante Delta continuará a ser a predominante e a vacina não perde a sua eficácia.

“No segundo cenário pode acontecer uma subida lenta do número de casos porque a vacina pode ir perdendo o seu efeito ao longo do tempo, mas ainda sem uma nova variante. Será um cenário de mais casos, provavelmente, mais ligeiros do que graves”, adiantou a diretora-geral.

Neste dia 06, Portugal registrou nas últimas 24 horas mais 663 casos de infecção pelo coronavírus e 12 mortes atribuídas à covid-19, além de uma subida no número de internamentos com a doença.

De acordo com o boletim epidemiológico da DGS estão hoje internadas 682 pessoas com covid-19, mais 17 do que no domingo, 140 das quais em unidades de cuidados intensivos, mais duas nas últimas 24 horas.

A região Norte, com 254 novos casos, e a área de Lisboa e Vale do Tejo, com 185, têm 66,2% do total das novas infeções verificadas nas últimas 24 horas.

As mortes ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo (6), na região Norte (3), na região Centro (2) e no Algarve (1).

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