Brasil proíbe entrada e comércio de alimentos chineses

Da Redação Com Agencia Lusa

Lusa

>> Nos supermercados em Macau as prateleiras na seção de leite encontram-se já meio vazias devido ao escândalo de produtos lácteos que está a afetar a China e já obrigou à retirada de várias marcas do mercado regional.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a entrada e comercialização, em todo território nacional, de produtos alimentares chineses.

A medida preventiva, adotada em 06 de outubro pela Anvisa, é válida também para matéria-prima chinesa de origem láctea e outros alimentos que contenham leite, provenientes ou fabricados na China, na sua composição.

Segundo a agência reguladora, a decisão foi baseada em informações da Rede Internacional de Autoridades de Inocuidade dos Alimentos (Infosan) e da Agência Nacional de Inspeção da China, que apontaram para 54 mil casos de crianças e bebês chineses com problemas renais devido à contaminação de produtos lácteos com melamina.

Na China, pelo menos quatro bebês morreram devido ao consumo de leite contaminado. Os principais sintomas observados nos bebês que consumiram alimentos contaminados são gritos, principalmente ao urinar, vômitos, sangue na urina e falha renal obstrutiva aguda.

Os mais de 400 quilos de produtos com leite chinês que foram apreendidos até agora apresentaram na sua composição a presença de melamina, um produto químico usado na indústria de plásticos, não permitido para utilização em alimentos.

Decisão O Ministério da Agricultura informou que não há nenhuma empresa fabricante de produtos lácteos na China habilitada para o comércio destes produtos no Brasil.

"Apesar do Ministério da Agricultura garantir que o Brasil não mantém comércio bilateral de produtos lácteos com a China, a ação da Anvisa previne a entrada do alimento contaminado por meio de outros países", explicou a gerente-geral de Alimentos da agência, Denise Resende.

Segundo o governo, a proibição valerá enquanto persistirem as condições que configuram risco à saúde da população.

Na semana passada, a agência já havia alertado todo o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária para o problema e intensificado a fiscalização de entrada das cargas provenientes da China no Brasil.

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